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Jornalista lançará livro sobre a morte de Fernanda Lages

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O escritor e jornalista Eneas Barros acaba de concluir o seu mais novo livro, dessa vez abordando aquele que ficou conhecido como Caso Fernanda Lages. Com 14 obras publicadas, sete das quais editados pela Livraria e Editora Nova Aliança, o escritor apostou desta vez em um livro-reportagem, fundamentado em três vertentes: as investigações policiais, a cobertura da mídia e as entrevistas inéditas que fez.

“Passei onze meses de intensa pesquisa e cuidadosa narrativa, para escrever um livro-reportagem sobre o Caso Fernanda Lages”, declarou Eneas Barros. 

“A princípio, o caso me pareceu impossível de ser contado, dada a sua complexidade e a divisão da sociedade, em relação ao seu desfecho, por ter sido considerado o mais emblemático já investigado no Piauí”, completou.

O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira dedicada à narrativa cronológica do caso e a segunda às entrevistas inéditas que o escritor fez com as seguintes pessoas: engenheiro Jivago Castro, promotor Eliardo Cabral, advogado Lucas Villa, delegado Mamede Lima, vigilante Rosenilsonn Oliveira, jornalista Efrém Ribeiro, juiz Antônio Nollêto e o promotor Benigno Filho, além de registros enviados pelo jornalista Arimatéia Azevedo.

Segundo o autor, as entrevistas e depoimentos foram importantes para esclarecer algumas controvérsias em relação ao caso, especialmente quando comparados às inúmeras matérias produzidas pelos meios de comunicação.

“Quando iniciei a pesquisa, percebi que houve muita precipitação em relação às primeiras impressões sobre a cena do fato, tanto da polícia quanto dos jornalistas que cobriram aquele trágico episódio”, lembra Eneas Barros. 

“Com a continuidade no levantamento de dados, considerando uma relação entre as investigações e o que era produzido de notícia, ficou evidente que muitas fontes não tinham fidedignidade e alguns jornalistas se deixaram levar pelas suposições que se espalhavam rapidamente pela sociedade”.

Enquanto o Ministério Público, por meio do promotor Ubiraci Rocha, não apresentar uma solução, o caso se manterá suspenso sem que haja um desfecho, ou pelo arquivamento ou pela solicitação de novas diligências ou pelo indiciamento de algum suspeito. De tempos em tempos, o caso vem recebendo injeções de ânimo, por algum fato novo que lhe diga respeito.

Recentemente, uma carta psicografada, através do médium Fernando Ben, atribuída a Fernanda Lages, despertou novo interesse pelo caso. 
Segundo o registro, Fernanda teria dito ao médium que não se suicidou. Esse detalhe foi suficiente para acender novamente a chama da sociedade, que sempre clamou por justiça e sempre entendeu que a estudante não tirou a própria vida.

“O livro não aborda a carta psicografada nem qualquer outra manifestação espiritual”, disse Eneas Barros. “Tenho muito respeito pelos adeptos da doutrina de Alan Kardec e de qualquer outra manifestação religiosa, mas não fiz esse tipo de abordagem”, declarou o escritor.

O título e a capa do livro estão sendo guardados para o dia do lançamento, ainda sem data e local certos, mas as previsões indicam que deverá acontecer em meados de março.

Sobre o autor
Natural de Teresina, Eneas Barros é Economista, com especialização em Jornalismo e Marketing pela Universidade de Nebraska, Estados Unidos, e em Planejamento Turístico pela Fundação de Ensino Superior de Pernambuco. O escritor se utiliza da pesquisa histórica para produzir os seus trabalhos, muitos dos quais foram adotados por Faculdades de Direito e escolas particulares, como os romances: “15:50”, que aborda o caso da menina-vampiro do Piauí; “O turco e o cinzelador”, que se reporta à época da construção da Igreja de São Benedito; “Nonon, o menino da Lagoa Grande”, um romance biográfico sobre o escritor Fontes Ibiapina; “Parabélum”, que conta a história do assassinato do motorista Gregório; “O mistério das bonecas de porcelana”, uma trama psicológica que se passa em um dos casarões da praça João Luís Ferreira; ou ainda “O escravo e o senhor da Parnahiba”, sobre a saga da família Dias da Silva, nos séculos XVII e XVIII.


Da redação
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