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Saúde investiga paciente suspeita com 'mal da vaca louca' internada em Teresina

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A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta quarta-feira (1º) que monitora uma paciente com a doença semelhante ao mal da vaca louca. Ela está internada na UTI do Hospital Universitário desde o dia 28 de dezembro do ano passado. Segundo o HU, a paciente está em ambiente isolado no hospital.

A Secretaria de Saúde informou que a paciente, que tem 59 anos, veio do Rio de Janeiro. Em nota, a assessoria do HU informou que a paciente se encontra com quadro clínico estável e que todas as medidas foram adotadas (veja abaixo nota do HU). 

A doença é conhecida como a síndrome de Creutzfeldt-Jakob, que não tem cura e é geralmente fatal. A enfermidade é chamada assim porque afetam os príons, que é uma proteína que fica no tecido humano. Essa doença pode acontecer, entre eles, por meio do consumo de carne bovina de animais contaminados.

Nota de Esclarecimento

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) informa que a paciente com suspeita de Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), proveniente da cidade do Rio de Janeiro, encontra-se em estado estável e que, desde a sua internação, todas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde e pela Unidade de Vigilância em Saúde do HU foram adotadas. Ressalta-se que o contato clínico e social, as investigações clínicas, os testes diagnósticos e as intervenções envolvendo tecidos não infectivos com pacientes com Creutzfeldt–Jakob não representam risco para trabalhadores de saúde, parentes, outros pacientes ou comunidade, conforme determinam as “Informações Técnicas sobre Doença de Creutzfeldt-Jakob” (2014) do Ministério da Saúde e o “Infection Control Guidelines for Transmissible Spongiform Encephalopathies” da Organização Mundial de Saúde e Centers for Disease Control and Prevention (2000). Dessa forma, adotou-se precaução padrão para assistência à saúde da paciente, ou seja, a mesma precaução adotada para todos os pacientes internados. Nenhuma precaução especial é requerida para utensílios de comida, tubos de alimentação ou sucção, roupas de cama, itens utilizados na pele ou nos cuidados com úlceras por pressão. Há, contudo, precaução específica para manipulação de tecidos do sistema nervoso central e dos olhos, no momento da necropsia, para o setor da Patologia.  

 

O mal da vaca louca foi detectado no início dos anos 90, na Europa, e atingiu milhões de animais, que podem ter adoecido por causa da ração.

A crise começou no Reino Unido — ao menos 53 pessoas morreram entre 1992 e o ano 2000, época em que a moléstia começou a surgir em outros países da região, levando pânico aos europeus e receios de uma epidemia global.

Centenas de animais foram sacrificados, e os exportadores de frango do Brasil foram beneficiados pela situação.

Em 2001, o Canadá registrou os casos e, em 2003, foi a vez dos EUA de ter um surto e sacrificar rebanhos.

No Brasil, o Paraná registrou um caso em 2010 e, por isso, uma série de países — incluindo Rússia, Japão, China e África do Sul — suspendeu a compra de carne brasileira.

A Secretaria Estadual de Saúde informou ao Cidadeverde.com que o setor de Vigilância Epidemiologia acompanha o caso. A paciente é uma copeira e já esteve internada no hospital São Marcos e HUT e todas as medidas de controle e acompanhamento foram adotadas. 

 

Flash Yala Sena
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