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Atlético é incapaz de aproveitar domínio, e Barcelona avança à final sofrendo

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Foi um primeiro tempo parecido com aquele de Milão: o Atlético de Madrid dominou o adversário, teve a bola, pareceu o melhor time em campo e não conseguiu criar muitas chances de gol. No contexto geral das duas partidas, também teve um pênalti e o desperdiçou. 

E assim como na decisão da Champions League contra o Real Madrid, sete meses atrás, foi eliminado pelo Barcelona na semifinal da Copa do Rei, mostrando novamente a sua incapacidade para transformar volume de jogo em resultados concretos quando tem o controle da partida.

São incontestáveis o mérito de Diego Simeone à frente dos colchoneros, principalmente nessas últimas três temporadas em que o Atlético de Madrid foi campeão espanhol e chegou duas vezes à final da Champions, mas sua equipe demonstrou outra vez seus limites quando as circunstâncias lhe impuseram uma postura mais ofensiva do que defensiva. 

Simeone bem que tentou deixar seus jogadores mais acostumados a atacar no Campeonato Espanhol, mas, depois de uma goleada por 7 a 1 sobre o Granada, quatro derrotas e um empate em sete rodadas obrigaram-no a dar um passo atrás para continuar pelo menos entre os quatro primeiros.

Falhas do Atlético de Madrid que não justificam mais uma partida coletivamente ruim do Barcelona de Luis Enrique, com linhas afastadas, pouca construção ofensiva e excesso de dependência em individualidades, que pese, nesta terça-feira, ter entrado em campo no Camp Nou para defender a vantagem por 2 a 1 como Iniesta e Busquets no banco de reservas. 

Mas foi nesse vácuo que os colchoneros assumiram o controle da partida, sem conseguir criar coisa melhor do que um par de chances, com Carrasco e Savic, e um chute de média distância com Koke.

Simplesmente não dá para desperdiçar oportunidades contra o time de Lionel Messi. Uma hora ele vai aprontar. Se ele não aprontar, Suárez apronta. Aos 43 minutos do primeiro tempo, Messi carregou pelo meio, puxou para a direita, puxou para a esquerda, com a bola sempre colada ao pé canhoto, e desferiu o chute que Moyà até conseguiu espalmar para o lado. Mas espalmou para onde estava Suárez, que não tem o costume de perder esse tipo de chance.

Imediatamente após o gol, Simeone lembrou seus jogadores que o Atlético de Madrid ainda precisava de duas bolas na rede para mandar a partida à prorrogação.  Mas o Barcelona voltou mais coeso do intervalo e conseguiu atingir o equilíbrio, até a arbitragem virar protagonista.

Primeiro, Sergi Roberto recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Logo em seguida, Griezmann empatou, aparentemente em posição legal, mas teve o seu gol anulado. Gameiro também viu o vermelho e foi para o vestiário mais cedo. Aos 35, Piqué escorregou dentro da área e, aos olhos do árbitro, derrubou Gameiro, em lance também duvidoso. 
 
O francês assumiu a cobrança, já que Griezmann vem em péssima fase a partir da marca do cal, e mandou no travessão. Gameiro redimiu-se empatando a partida, três minutos depois, e Suárez ainda foi expulso nos acréscimos, garantindo-se como desfalque para a decisão.

Em meio a toda a confusão de cartões vermelhos, pênaltis e gols anulados, o Atlético de Madrid teve a chance de levar o jogo à prorrogação e sai do Camp Nou de cabeça erguida.

Mas deve, também, ter consciência de que a melhor oportunidade para derrubar o Barcelona surgiu no primeiro tempo, quando, mesmo com domínio da partida, não conseguiu furar as redes de Cillessen.


Fonte: msn Esportes

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