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Saiba como combater o estresse infantil

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Vivemos em uma época que poderia ser a melhor para nossas crianças. Há uma infinidade de formas de brincadeiras, tanto tecnológicas quanto as tradicionais. Professores e psicólogos cada vez mais preparados com as novas descobertas para proporcionar o que há de melhor para o desenvolvimento cognitivo, emocional e educacional de uma criança. Criamos um mundo aparentemente mais seguro, talvez o tal “mundo melhor” que nossos antepassados sempre sonharam.

Infelizmente, os últimos dados de pesquisas sobre qualidade de vida com crianças mostram que elas não estão conseguindo usufruir das vantagens que nosso mundo oferece.

Nossas crianças estão cada dia mais infelizes, instáveis e desenvolvendo problemas de ordem emocional que antes pertenciam apenas aos adultos. Uma pesquisa feita com 220 crianças entre 7 e 12 anos nas cidades de Porto Alegre e São Paulo, revelou que oito a cada dez casos em que os pais buscam ajuda profissional para seus filhos por causa de alterações de comportamento têm sua origem no estresse.

Mas como crianças estão tão estressadas? Quais os principais fatores? Segundo a pesquisa, o excesso de tarefas diárias entre escola, cursos de aperfeiçoamento e atividades esportivas é um dos fatores causadores do estresse, pois as crianças assumem tantos compromissos quanto os adultos por uma pressão social de preparação para o futuro, e acabam suprimindo o tempo livre que teriam para brincar, ficar à toa, fazer as descobertas da idade, etc. Atrelado a isso, outro fator seria também a cobrança dos pais para que os filhos desenvolvam habilidades e conhecimentos o mais rápido possível para estarem aptos quando chegarem no mercado de trabalho, que a cada dia exige mais preparação dos jovens.

Se cobranças excessivas afetam a saúde dos adultos, imagine o de uma criança, que não entende o motivo de tantos compromissos. E não é apenas isso. Hoje estamos a todo o tempo conectados ao mundo e às outras pessoas através de nossos dispositivos eletrônicos. O excesso de informação e notificações que recebemos demandam nossa atenção de forma fragmentada e, com as crianças, não é diferente. Muitos estímulos de jogos, redes sociais e aplicativos estressam e cansam as crianças sem que elas percebam, pois estão tão enraizados em seu cotidiano que elas nem se dão conta do quanto esses dispositivos tomam tempo e espaço em suas vidas e ajudam a causar esses transtornos psíquicos.

Pelos cálculos da Organização Mundial da Saúde, uma em cada cinco crianças tem alguma desordem psiquiátrica e a grande maioria leva anos até receber o diagnóstico. A mais comum, de acordo com pesquisas do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, é a ansiedade, presente em 8% dos meninos e meninas abaixo dos 18 anos. Em seguida, aparecem a depressão (7,8%), os distúrbios de conduta (5,6%) e o TDAH (5%).

O pais precisam ficar atentos e tomar medidas simples para elevar a qualidade de vida de seus filhos e evitar esses transtornos, como: diminuir uso de smartphones, reduzir o número de atividades diárias, deixar tempo livre para a criança brincar e descobrir o mundo por si mesma, auxiliar no desenvolvimento da inteligência emocional da criança ensinando-a a se colocar no lugar dos outros, a pensar antes de agir, a contemplar o belo, entre outras.

Existem algumas escolas no País que possuem o Programa Escola da Inteligência, que oferecem educação socioemocional agregada à grade curricular, fazendo com que as crianças recebem o conhecimento cognitivo e emocional e os prepara para o futuro. Procure a escola mais próxima da sua casa e invista na educação emocional do seu filho.

 

 

Texto: Equipe do Grupo Educacional Augusto Cury

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