Fotos: Wilson Filho

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), em entrevista ao programa de rádio Cidade Verde Notícias desta quinta-feira (16), afirmou que vai esperar até junho por uma solução do governo do Estado para a instalação da subconcessão da Agespisa. Firmino declarou que se a alternativa para melhorar o sistema de abastecimento de água e melhoria do saneamento não acontecer, ele já prepara uma estratégia para a formação de uma empresa municipalizada para gerir o sistema em Teresina. 

“Nossa postura é clara, o Governo do Estado está tentando instalar a subconcessão e queremos que ele resolva. Ele está fazendo a licitação e da nossa parte, queremos que o Estado fique a vontade para encontrar a solução. Só que não temos tempo para esperar [...] 

Então vamos esperar até junho, se não vamos buscar uma alternativa proporia. É importante que tenhamos alternativa, que é formar uma empresa que pode contar até com quadros da Agespisa, para realizar o serviço”, destacou Firmino.

Uber

Sobre a chegada do Uber em Teresina, o prefeito disse que ele vai continuar atuando como um transporte clandestino e que a fiscalização continuará sendo feita. Também ressaltou que é preciso ter "prudência" para tratar sobre esse assunto. “Acredito que seja um transporte clandestino e portanto a fiscalização deve cumprir o que está na Lei. O Uber é uma empresa global muito poderosa, que existe sem respeitar a legislação local e autoridades locais. Da nossa parte, entendemos que é  uma ilegalidade. Então, apesar de todo fascínio que a tecnologia atrai, é importante que todos saibam que eles levam a desregulação do mercado".

“Prefeitura e Teresina são vítimas do sucesso do HUT”, declara Firmino

O chefe do executivo municipal afirmou que é preciso que o governo federal compartilhe “da carga pesada” que tem o Hospital de Urgência de Teresina para a Prefeitura da capital. Firmino Filho declarou que, financeiramente, o poder executivo municipal e própria capital são vítimas do sucesso do HUT. 

Quando fez uma sugestão ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, para que o HUT fosse federalizado - na semana passada- , Firmino Filho afirmou que basicamente estava dando um sinal de "alerta, um grito, para que as autoridades sanitárias federais voltassem suas atenções para as necessidades da Saúde no município".

Firmino destacou que o HUT utiliza mais do que toda a receita de investimentos da Prefeitura, cerca de R$ 400 milhões por mês e que a Saúde e continua a gastar mais de 33% da sua receita corrente líquida com a saúde.

“Teresina teve um crescimento muito grande na atenção básica e o maior símbolo desse crescimento é o HUT, referência em todo o Estado e que serve mais ao interior e ao Maranhão do que a própria Teresina. Isso traz consigo uma carga pesada, não apenas na conta mas na hora de utilizar o serviço porque tem que competir com pessoas que vem de outras cidades. É preciso que o governo federal compartilhe dessa carga pesada que é o HUT”.  

De acordo com Firmino, a Prefeitura teve a coragem de fazer essa estratégia para a Saúde que foi o HUT. “Ao logo do tempo, o HUT prestou serviços relevantes e muitas vidas foram salvas. Imagine se ele não existisse? [...] A prefeitura e Teresina são vítimas do sucesso do HUT”.

Além disso, ele lembrou que a presença de Marcelo Castro melhorou as condições de Saúde em Teresina, mas que agora a chegada de recursos fica comprometida.

Sistema de Mobilidade

De acordo com o prefeito, o calendário das obras dos corredores de ônibus e de integração na capital estão todos em dia, e não foi iniciado ainda apenas o do Parque Piauí, que teve que começar a ser construído em outro local.

“Não há atraso na construção dos terminais. Somente o do Parque Piauí houve um atraso e as obras devem estar iniciando em março e a conclusão deve ser no final do ano”.

Ele lembrou que os terminais já prontos na zona sul já estão em fase de treinamento funcionando aos finais de semana e feriados, e que em maio já começarão a operar normalmente todos os dias.

 

 

Lyza Freitas
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