Funcionários e advogados denunciaram ao Jornal do Piauí, nesta terça-feira (21), que as sedes dos juizados especiais no Piauí estão com problemas estruturais e com falta de mão de obra especializada; o que acarreta no acúmulo de processos.  

No bairro Redondo, na região do Grande Dirceu, na zona Sudeste de Teresina, o prédio onde o serviço jurídico funciona está com parte da estrutura comprometida, os banheiros foram interditados, os documentos estão amontoados sem organização, e diversos aparelhos eletrônicos já viraram sucata; o extintor de incêndio está vencido há mais de 15 anos. No também virou um depósito de veículos apreendidos. 

No final do ano passado, a advogada Noelia Castro abriu um processo administrativo contra o Tribunal de Justiça do Piauí. Ele denuncia que outros juizados vive realidade semelhante ao do localizado no Redonda. 

“A gente entrou com um processo administrativo no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) comprovando a situação do juizado, principalmente a parte física e de pessoal. Processos conclusos de 2012, 2013. O CNJ pediu resposta ao TJ-PI e eles disseram que não existem processos conclusos de 2015 para trás, que tem conhecimento de alguns problemas dos juizados, mas que eles atendem a contento e tinha até número de servidores acima da média, o que não é verdade”, disse a advogada.

Já o supervisor dos juizados especiais, o desembargador Fernando Lopes, disse em entrevista que tanto a presidência como a corregedoria do TJ-PI está tomando as previdências cabíveis e tomará providências junto ao CNJ. 

O desembargador também explicou que está sendo analisada a quantidade de servidores nos juizados e a demanda de cada um em específico, tanto do capital como no interior. Poderão ser chamados alguns concursados do último certame. 

 

Carlienne Carpaso
Com informações do Jornal do Piauí
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