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Sesapi aposta na municipalização e deixará de administrar 18 hospitais no Estado

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A Secretaria Estadual de Saúde confirmou ao Cidadeverde.com que vai municipalizar 18 hospitais atualmente geridos pela pasta com o intuito de melhorar o atendimento. Em entrevista exclusiva ao site, o secretário Estadual de Saúde, Francisco Costa, explica que o processo deve ser lento e envolver o diálogo com o gestores. Entretanto, não deve demorar a acontecer. Em março os primeiros hospitais já devem começar a ser municipalizados como exemplo o de Avelino Lopes, mas a meta mais imediata é deixar de gerir pelo menos 10, dos 35 que estão atualmente.

"Nós estamos trabalhando para em março discutir com alguns gestores essa municipalização. O entendimento está mais avançado com Avelino Lopes onde já discutimos com o prefeito. A cidade fica a uma distância significativa aqui da capital. O prefeito tem essa compreensão e entende que é necessário ter uma maior capacidade resolutiva para gerir melhor", explicou o secretário.

O gestor acrescenta que o processo é uma construção e que será feito junto aos gestores municipais. "Temos que entender a logística da região, a densidade populacional e a capacidade resolutiva desse estabelecimento e tudo isso faz parte de uma repactuação que será feita gradativamente com cada gestor", declarou.

Apesar do objetivo da Secretaria, ainda há gestores que procuram uma repactuação financeira para que os recursos sejam distribuídos de forma diferente.  Apesar da crise, para Francisco Costa o foco principal da municipalização não é a economia e sim uma melhoria na gestão hospitalar. "Estamos preocupados em inserir a gestão municipal no processo. É a possibilidade de uma resposta satisfatória. Vamos fazer isso em discussão com técnicos para que possa ser feito sem que haja queda na qualidade. Nós apostamos numa melhora do atendimento", pontuou.

Federalização do HUT

O secretário reconhece que o Hospital de Urgência de Teresina está sobrecarregado e segundo ele a proposta de federalização, descartada pelo ministro em sua visita a capital, foi acertada. Francisco defende que haja uma repactuação para manter o hospital.

"A sobrecarga é muito grande. Sabíamos que essa possibilidade era muito difícil pois isso não tem sido uma política do Governo Federal, absolver hospitais. Mas aproveitamos para discutir como repactuar as despesas. Não é justo que o sacrifício fique só com o município de Teresina. O HUT é um hospital municipal mas que tem uma abrangência estadual porquê ele engloba todo o Piauí e até pacientes do Maranhão", explicou.

O secretário também pontuou que a Sesapi tem implantado com sucesso ações de fortalecimento de hospitais estratégicos no interior do Estado. "Isso gera condições para que a gente diminua o fluxo para a capital. Alguns hospitais como em Teresina, Floriano e Piripiri para citar alguns, recebem pacientes de outros hospitais e nosso objetivo é aumentar a capacidade resolutiva destes", afirma.

Está previsto para o início de março em Floriano e Parnaíba a instalação do serviço de Neurocirurgia para urgência e emergência, o que deve desafogar ainda mais os hospitais da capital.

"A gente sabe que a grande epidemia em todo o Estado é o acidente automobilístico principalmente por motocicleta e agora os pacientes com traumatismo craniano que precisavam vir para Teresina, terão esses dois polos onde podem se atendidos", garantiu.

Febre Amarela no Piauí

O Piauí ainda pode ser considerado uma 'área livre' da Febre Amarela. Com apenas dois casos suspeitos registrados, e já descartados a secretaria de Saúde trabalha de forma a esclarecer a população em relação a vacinação e com foco no combate ao mosquito. "No Piauí não estamos trabalhando com campanha de vacinação em massa contra a Febre Amarela. A orientação é simplesmente com relação a rotina que já se tem com relação a isso. Temos uma preocupação com a dengue, com a Zika e com a chikungunya que são transmitidos pelo mesmo vetor", pontuou.

Em relação aos casos suspeitos. A menina de nove anos internada com suspeita de Febre Amarela foi submetida a exame e o resultado foi negativo em primeira a mostra. Foi feito também um segundo exame, por conta do protocolo que obriga a realização de uma contra-prova. Na suspeita do caminhoneiro, pelo próprio quadro clínico já foi descartada a Febre Amarela e ele já voltou ao trabalho.

 

Rayldo Pereira
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