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Saneamento básico será o maior desafio das prefeituras até 2032

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O Brasil tem uma corrida contra o tempo no que diz respeito a universalização do saneamento básico. Nesta corrida, o Piauí ainda está entre os últimos colocados e no ranking das capitais com os piores desempenhos  está Teresina. A capital figura entre as seis piores, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SINS), ao lado de Natal-RN, Manaus-AM, Belém-PA, Porto Velho-RO e Macapá-AP. 

Até 2032, foi o prazo estabelecido entre os países subdesenvolvidos com a ONU para que todos as cidades do mundo tenham cobertura total de saneamento básico, o Brasil terá muito trabalho.

Seis anos já se passaram, depois de divulgada a meta da universalização do saneamento básico, estabelecida em 2012 pelo Governo Federal e pela Organização Mundial de Saúde. Apesar de alguns esforços, os avanços foram pequenos. Estes e outros temas que tocam nos maiores desafios das gestões municipais serão discutidos entre os dias 13 e 15 de março no Congresso das Cidades.

Para o presidente da Fundação Nacional de Saúde - Funasa, Henrique Pires, ao lado do grande volume de recursos que são necessários para solucionar o problema, a conscientização tanto dos gestores como da população de que as obras de saneamento são as mais importantes para os municípios ainda é um grande obstáculo. 

“Avançamos, mas ainda falta muito. Precisamos sempre ter em mente que a gestão do saneamento, apesar de ser uma obra que não será vista todos os dias pela população, é a obra que faz com que o prefeito economize com saúde, e assim possa investir em outras áreas”, afirma.

A Funasa tem sido parceira dos municípios nesta corrida. A entidade, através das parcerias com os prefeitos, tem conseguido alguns avanços nas cidades. “Mas todos esses grandes avanços contaram com a conscientização dos gestores, podemos citar os exemplos de municípios como Água Branca e Bom Jesus”, afirma. 

Somente nos últimos dois anos, foram assinados cerca de 200 convênios com prefeitos do Piauí para várias áreas. "A participação na Funasa no Piauí é importante à medida em que temos um Estado no qual mais de 90% das cidades possuem até 50 mil habitante, que é exatamente o raio de atuação da Funasa. Porém, sempre vamos precisar do empenho das duas esferas: município e Governo Federal", acrescenta.

A estimativa é que para cada R$ 1 investido em saneamento se economizam R$ 5 nos gastos com saúde, internações e atendimentos principalmente às crianças. Henrique Pires lembra que no caso de Água Branca, a obra que proporcionou o avanço do saneamento na cidade teve participação da Funasa, mas também contou com a visão dos gestores. “Veja que não foi uma obra que começou e parou, ela atravessou gestões e hoje a cidade está prestes a chegar aos 100% de cobertura”, explica.

 

Da redação
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