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Maternidade avalia fazer aborto em criança de 11 anos estuprada dentro de casa

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A maternidade Dona Evangelina Rosa analisa a possibilidade de realizar um aborto consentido em uma criança de 11 anos que está gravida, após sofrer estupro dentro de casa. A menina mora no Maranhão e está internada na maternidade aguardando uma decisão da comissão de ética.  

Segundo a coordenadora do Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS), Maria Castelo Branco, a criança era abusada sexualmente desde os oito anos de idade pelo padrasto.  

Segundo dados do SAMVVIS, um estupro é realizado a cada dia durante o ano no Piauí, segundo estatística de 2016. Os casos de crianças grávidas são registrados em percentual pequeno, mas choca as equipes da maternidade. “Me desestruturo quando chega um caso de criança grávida”, admitiu a médica Maria Castelo Branco.

Para fazer o abortamento, a maternidade segue o protocolo do Ministério da Saúde. Pela legislação, a interrupção da gravidez só é permitido em casos de estupro ou quando a mãe corre risco de vida. 

Estupro falso

A maternidade Evangelina Rosa possui uma comissão de ética que analisa os casos de estupros. A equipe é composta por assistente social, ginecologista, médicos legistas e psicólogos. 

Por incrível que pareça, a maternidade tem registrado casos de estupros falsos – ou seja denúncias que não se confirmam.

“Vários casos registrados, os estupros não eram verdadeiros e a pessoa procurou o serviço para abortar porque estava com raiva do namorado ou porque decidiu de repente já gravida de cinco, seis meses interromper a gestação”. 

Após ser atendida pelo SAMVVIS, a vítima tem acompanhamento no Instituto de perinatologia. Em caso de estupro, a vítima pode também optar em ficar com a criança ou entregar para adoção. 

 

Flash Yala Sena
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