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Grupo de Teatro da UESPI abre temporada da peça 'Os Pés Inchados'

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O Grupo de Teatro da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) abre nova temporada da peça “ Os Pés Inchados”. As apresentações ocorrem no Teatro Estação Espaço Cultural Trilhos, de 8 a 12 de março e de 15 a 19 do referido mês. Nas quartas-feiras e sábados as apresentações serão realizadas às 19h e, aos domingos, às 18h.

Dirigida por Moisés Chaves, a peça é uma adaptação da obra “Édipo Rei”, de Sófocles, com duração de 1h25. A trama conta a tragédia de um homem que tem seu destino traçado pelos deuses, mata o pai e casa-se com a mãe. A obra de Sófocles influenciou o campo da psicanálise através de Freud, que tornou Édipo Rei uma das sustentações da psicanálise clássica. Segundo Moisés Chaves, a apresentação é sobre o mito da origem da verdade.  “Por que Édipo mata o pai e casa-se com a própria mãe? Porque não conhece a verdade”, explica.

Na visão do diretor do Grupo de Teatro da UESPI, o texto de Sófocles, escrito há 2560 anos, é atual. “No meio de tanta violência que estamos passando no Brasil e no mundo inteiro, com essa mudança de começo de século, com todas as suas variáveis, este é um espetáculo que merece ser visto”.

Segundo Moisés Chaves, as expectativas para a apresentação no Teatro Estação Espaço Cultural Trilhos são as melhores possíveis. “O público pode esperar um grande espetáculo”, declara. ”É legal sair da universidade, colocar as coisas que são produzidas dentro da UESPI para a comunidade geral, isso fortalece as atividades do próprio grupo”, acrescenta.

O diretor do Grupo de Teatro da UESPI afirma que “Os Pés Inchados” não é uma peça fácil, mas é um espetáculo de teatro para quem gosta de história, poesia, filosofia. “Este é um espetáculo cult, que fomenta a formação de plateia, uma apresentação para ver com os filhos, namorado, com o companheiro, seja com quem for, porque ele abre um leque de discussão muito grande”, pontua.

O espetáculo, que teve sua estreia no dia 17 de agosto de 2016, no Laboratório de Artes do Campus Poeta Torquato Neto, da UESPI, sofreu algumas mudanças. “O teatro é uma arte móvel, cada dia a gente vai aprendendo novas coisas e vai adaptando para os lugares onde vamos apresentar”, pontua Moisés Chaves.

O diretor afirma também que a comunidade recebeu o espetáculo muito bem. “Além da estreia na UESPI aconteceram mais duas apresentações, uma para alunos do 8° e 9° ano do ensino fundamental e outra para o público do Festluso, que estava em Teresina, Assim, em 2016 fizemos três apresentações, duas dessas com casa lotada”, declara.

Segundo Moisés, a pretensão é levar as apresentações, também, para os campi do interior, através da Pró-reitora de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários – PREX/ UESPI.

“Estamos muito felizes de realizar este trabalho, o que é paradoxal, ficarmos felizes em falar de uma tragédia. Mas a vida é assim, tão emblemática quando este espetáculo”, pontua


Da Redação
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