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Assim como PMDB, Margarete diz que PP vai disputar vaga de vice

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A vice-governadora Margarete Coelho quebrou o silêncio no PP e garantiu nesta terça-feira (7), que seu partido vai para o confronto com o PMDB na tentativa de segurar a vaga de vice na chapa majoritária do governador Wellington Dias em 2018. Embora reconheça que discutir o assunto agora seja prejudicial, ela disse que nenhum partido pode chegar em uma administração exigindo estar numa composição política. 

Margarete não condena o PMDB pelo desejo de ser vice de Wellington, mas se for assim, o PP também não abrirá mão da vaga, principalmente após se tornar o maior partido do Piauí.

“O PP também pleiteia continuar na vice. O partido cresceu, se fortaleceu. É um partido de primeira hora da campanha, tem sido nas questões administrativas. Podemos discordar de qualquer coisa, mas ninguém vai discordar que o senador Ciro Nogueira é quem tem trazido mais recursos. Isso também nos credencia para pleitear vagas na chapa majoritária”, disse, avaliando que a vaga de vice não será condição para que o PP permaneça na aliança.

"Qual partido político que, neste momento, tendo um governador bem avaliado, com a possibilidade de assumir num eventual afastamento dele para se candidatar ao senado, não estaria pleiteando este cargo? Acho legitimo, mas digo sempre que essas formações antecipadas de chapas são problemáticas, já que desconsidera o momento político de efetivar essas candidaturas. Teremos o momento certo de discutir. No caso do PP, imagino que não será condição para seguir na aliança. Temos o cargo de vice e a segunda vaga de vice na chapa que serão discutidas com todos os partidos que estiverem no arco das alianças”, explica.

Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Margarete não descarta inclusive ser ela a “dona” da tão disputada vaga de vice. “Temos muito a fazer pelo Estado. O Piauí entrou numa rota de desenvolvimento. Eu quero me credenciar trabalhando, honrando o mandato, mas é claro que essa avaliação não é feita só por mim, mas pelo partido também”, concluiu.

Chegada ao governo

A vice-governadora comentou a chegada do PMDB ao governo e disse que espera que o partido some com as demais legendas que já fazem parte da administração estadual. “O que eu espero é que o PMDB seja mais um parceiro do governo em favor do Piauí. Temos que fazer mesmo esse grande esforço em relação ao desenvolvimento do Estado, que passa por um momento bastante oportuno, bastante feliz apesar de toda a crise que acontece em todos os Estados. Espero que o PMDB tenha vindo para contribuir, somar ao esforço pelo desenvolvimento do Piauí”, disse.

Mulher

Margarete também falou na entrevista sobre o Dia Internacional da Mulher. Ressaltou que a data é importante para que as pessoas reflitam as ações e políticas públicas.

“Essas datas, as importâncias delas, é fazer com que todos nós paremos para discutir e avaliar as políticas que nós temos, as conquistas que nós já fizemos, de quantas dessas políticas estão efetivadas na prática e traçar novas rotas de lutas. Por exemplo, questão salarial. Os últimos dados são estarrecedores. A diferença de salário entre homens e mulheres mesmo nas mesmas atribuições está beirando os 65%”, comentou.

“Nesse ritmo, nós só vamos conseguir essa paridade daqui a 75 anos. São questões que estão no dia a dia e parecem resolvidas, mas que os estudos demonstram que não estão, pelo contrário, estão longe de ser resolvidas”, acrescentou Margarete.

Hérlon Moraes
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