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Moro adia depoimento de ex-presidente da Odebrecht

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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância, adiou o depoimento do ex-presidente da Odebrecht Pedro Augusto Ribeiro Novis. Ele seria ouvido como testemunha de defesa do também ex-presidente da companhia Marcelo Odebrecht, nesta quarta-feira (22) . O depoimento ocorreria em um processo que apura o suposto pagamento de propina para o ex-ministro Antônio Palocci.

A mudança ocorreu porque Novis, que está entre os 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht que fecharam acordo de delação premiada, seria ouvido por videoconferência de São Paulo (SP), mas compareceu na Justiça Federal em Curitiba.

Com isso, os advogados do ex-ministro Antonio Palocci e do ex-assessor Branislav Kontic, réus na ação, que participavam da audiência por videoconferência em São Paulo, reclamaram que foram surpreendidos e que gostariam de ouvir a testemunha presencialmente.

Como a defesa de Novis pediu para que a imagem dele não fosse gravada, o que está previsto em lei, o Juízo, que só foi informado do comparecimento presencial na manhã desta quarta, concordou que o acompanhamento pelas defesas ficaria prejudicado.

O magistrado ofereceu a opção de realizar o depoimento nesta quarta, com gravação de imagem, ou adiar a audiência. O delator optou pelo reagendamento do depoimento, que foi marcado para esta sexta-feira (24), às 15h, presencialmente na Justiça Federal de Curitiba.

Na audiência, foram ouvidos o senador Armando Monteiro (PTB-PE), arrolado pela defesa do ex-ministro, e Talvino Rasmussen Azenha, testemunha de defesa de Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci.

Cautela para prevenir erros
Antes de adiar o depoimento de Novis, o juiz federal havia decidido pela manutenção do vídeo em segredo de justiça. “Até nova deliberação ou até o levantamento do sigilo pelo Egrégio Tribunal Federal”, diz o termo da audiência.
Devido a uma falha técnica da Justiça Federal ocorrida em 13 de março, que permitiu acesso aos vídeos de delatores que deveriam permanecer sob sigilo, o magistrado pediu cautela para prevenir erros no sistema.

O Juízo havia determinado que o depoimento de Novis permanecesse em sigilo nível dois, ou seja, que apenas as partes envolvidas no processo têm acesso ao conteúdo. “Devem ser tomadas as cautelas necessárias para prevenir erros no sistema”, informa o documento da audiência.

Fonte: G1

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Tags: Moro