Lucas Ataíde Sousa foi preso na manhã desta quinta-feira (23) suspeito de ameaçar matar policiais militares piauienses. Ele confessou ter enviado um áudio via WhatsApp e reafirmou, em entrevista à imprensa, que mantém as ameaças aos policiais que - segundo ele - são "corruptos". Ele é considerado foragido por um homicídio ocorrido em setembro de 2015. 

"Estão morrendo os 'irmãozinhos', tem policiais corruptos, milicianos, aqui está ficando pior que o Rio de Janeiro. Eu sei o que eu estou falando, porque eles me deram foi 15 dias". Questionado se mantinha as ameaças, ele disse: "Se é miliciano, é daquele preço, não posso fazer nada", afirmou. 

No áudio, o suspeito chegou a citar o Major Mayron Moura, morto durante um assalto na última terça-feira (21). Ele afirma que os policiais estão sendo mortos e que outros vão morrer "em toda a capital". 

O delegado Carlos Jorge, o Jorginho, afirmou que a polícia não vai amedrontar-se diante de ameaças. "O que eu sei é que não vou morrer e não vou ter medo. Ele ameaçou a instituição da Polícia Militar e da Polícia Civil. Agora ele vai para a Central de Flagrantes. Ele já responde a um homicídio", explicou. 

Ele é suspeito de matar Eros Silva Oliveira, 29 anos, com um tiro na cabeça após sair de uma casa de show na zona norte de Teresina, na madrugada do dia 13 de setembro de 2015. A vítima possuía uma deficiência física na perna e estava de passageiro em um mototáxi na companhia da companheira, quando foi surpreendido pelos tiros. O crime ocorreu em um posto de gasolina no bairro Aeroporto. 

Maria Romero
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