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Mainha defende mudança na Reforma da Previdência para trabalhador rural

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O deputado federal José Maia Filho, o Mainha (PP), defendeu mudanças na Reforma da Previdência. Integrante da Comissão Especial da Câmara Federal que analisa o projeto, o parlamentar não concorda, por exemplo, com o regime proposto para os trabalhadores rurais.

“Da forma que o governo está propondo tenho dificuldade de votar e vamos apresentar mudanças”, disse o deputado em entrevista à TV Cidade Verde.

Com a reforma, os trabalhadores rurais terão uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria, com 25 anos de contribuição. Na regra atual, o trabalhador rural pode contribuir, mas a aposentadoria é garantida para quem não contribuiu.

“A maior ação social que o governo fez foi a aposentadoria rural, porque acabou com os flagelos de fome. O governo alega que, pelo IBGE, há menos população rural com mais de 55 anos, do que o número de pessoas aposentadas. 30% das aposentadorias rurais são conseguidas por meio judicial. Agora se pode evitar novas aposentadorias de quem realmente não é envolvido no setor rural. Não exigir essa idade de 65 anos para quem é trabalhador rural, pois quem trabalha de forma braçal não vai conseguir trabalhar até 65 anos. Essa proposta deve ser modificada”, disse Mainha.

O deputado frisou também que outro problema para aprovar a reforma é o atual cenário político de crise. “Muito difícil se fazer uma reforma da previdência nessa questão política. Todos os governos quiseram reformar a previdência, tanto o PSDB, como o PT e hoje o PMDB. O problema não é futuro, caso contrário poderia ser protelado. O presidente não teria um desgaste político se o problema fosse só futuro. A questão é quando o país sinaliza que vai ter uma reforma da previdência e vai ajustar suas contas, seus títulos serão valorizados, o mercado vai olhar melhor, vai haver uma geração de emprego. O presidente acredita que a reforma terá uma reação boa para a economia. Os dados que ele nos mostra é que há a necessidade da reforma da previdência”, declarou.

Foto: Roberta Aline

Por setor, Mainha afirma que a pressão maior vem dos funcionários públicos. “Mais de 65% da população é aposentada com salário mínimo. Estes não serão afetados. A pressão maior é dos funcionários públicos federais que ganham salários maiores e que vão ter que se adequar a norma geral que servirá para todos”, finalizou.

Com informações da TV Cidade Verde
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