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Piauí perdeu mais de 200 leitos para atendimento pediátrico em seis anos

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Nos últimos seis anos, o Piauí perdeu 277 leitos de atendimento pediátrico pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente da Sociedade Piauiense de Cirurgia Pediátrica, Edinaldo Miranda, disse que diversos hospitais deixaram de fazer cirurgias pelo SUS e que hoje somente o Hospital Infantil Lucídio Portela recebe os casos cirúrgicos. 

Hoje, há apenas 18 leitos para crianças que precisam passar por cirurgias eletivas no estado. Segundo o cirurgião pediátrico, o HI foi construído na década de 80, quando os hospitais Santa Maria, Casa Máter, Samiu, São Marcos e França Filho também faziam o atendimento. Ao todo, havia cerca de 200 leitos. 

"O Hospital Infantil não diminuiu leitos, mas a rede toda sim. Havia no estado cerca de 200 leitos para cirurgia, hoje o HI tem otimizado, atendendo casos de neurologia, ortopedia e cirurgia plástica. Isso é algo com que nos preocupamos já há alguns anos. De todos esses hospitais, ficou apenas o Lucídio Portela", declarou. 

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) informou que reconhece a redução na quantidade de leitos, mas que está trabalhando para aumentar a oferta e, também, para melhorar a qualidade dos oferecidos. Um dos objetivos é oferecer mais leitos em cidades polo em suas regiões, como Piripiri e Picos. 

Edinaldo Miranda disse ainda que há soluções de longo e curto prazo para solucionar o problema. Segundo ele, o atendimento precisa ser descentralizado e alguns hospitais de bairro e do interior podem receber os pacientes. Ele destacou que o Piauí recentemente formou seis novos cirurgiões pediátricos. 

"A longo prazo poderia acontecer a construção de um novo hospital infantil. Mas hoje sabemos que há locais com estrutura para receber esses casos, como em Floriano e Bom Jesus, onde fizemos 50 cirurgias em um final de semana. Hospitais como o do Satélite e do Buenos Aires também podem receber. É importante levar para o interior, onde a estrutura está montada e poderá reduzir a demanda em Teresina", destacou.

 

Maria Romero
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