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Eleição 2018 vai ser como plebiscito no Nordeste, diz Flávio Nogueira

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O deputado federal Flávio Nogueira (PDT) afirmou nesta terça-feira (28) que as eleições 2018 serão como uma espécie de plebiscito, principalmente no Nordeste. Segundo ele, o povo vai analisar o discurso de quem foi contra o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e de quem é a favor do governo Michel Temer (PMDB).

“Essa eleição que nós vamos ter que enfrentar no próximo ano tem uma conotação estritamente nacional. Não tem como não fugir disso. Até porque houve o trauma do impeachment e dificilmente isso vai ser colocado em discussão. Aqui para o Nordeste vai ser quase uma questão plebiscitária: quem é a favor do governo passado e quem está sendo a favor deste governo”, analisou em entrevista ao Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde.

Oposição ao governo Temer, Flávio Nogueira disse que o Congresso Nacional deu um “tiro” na cara do povo que foi às ruas pedir o impeachment de Dilma. “Agora com essas reformas que estão querendo implementar no Congresso Nacional é um tiro na cara das pessoas que foram às ruas pedir o impeachment da presidente. Quem foi pra rua não queria ou quer reforma da previdência, terceirização. Foram às ruas atrás de melhorias para o sistema previdenciário e também para a reorganização do Estado, já que hoje estamos vendo um Estado esfacelado, um poder executivo sem mando”, avalia.

O próximo passado, segundo o parlamentar, é a população começar a demonstrar arrependimento. “Como a opinião pública vai muito lenta, talvez nesse momento você não encontre pessoas arrependidas, mas daqui a 2 ou 3 meses esse arrependimento será deflagrado. Já tem movimentos de rua pedindo 'Fora Temer' faz muito tempo. Se você for em qualquer em qualquer encontro social, você verá que não tem mais aquela esperança”, acredita.

Flávio Nogueira disse que o atual governo está escondendo dados da economia para mostrar uma melhoria que não existe. “Essas melhorias são forçadas pelo governo. O desemprego está aí a acachapante. O poder de compra. Está difícil ir ao supermercado.  Isso é uma coisa que não adianta você esconder. Pode melhorar para os banqueiros, mas para o assalariado, não. Como é que você vai fazer uma reforma previdenciária pedindo uma idade mínima de 65 anos para alguém que nasce e vive no Nordeste? Para quem mora em Santa Catarina é possível, mas para nós. Essa reforma deveria ser para cada Estado ter o limite de aposentadoria. Isso é possível votando no Congresso”, observa.

Foto: Roberta Aline

Estadual

Na política estadual, Flávio Nogueira garante que o PDT vai trabalhar pela eleição do governador Wellington Dias. “Temos dois secretários do partido atuando. Depois é isso que falei: é uma eleição de conteúdo nacional. Vai alguém querer apoiar um presidente desses? Essa eleição será nacional”, frisa.

O parlamentar não descarta uma “briga” do PDT por vagas na chapa majoritária. “Existe um partido que está conversando com a gente que indique um partidário nosso para ser da chapa majoritária de Wellington Dias. Eu defendo que não se converse agora. Pode ser o senado, são duas vagas, pode ser de vice”, disse ressaltando que o partido vai mesmo é lutar para garantir um deputado federal em Brasília.

Hérlon Moraes
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