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Bebê que nasceu após morte da mãe ganha ensaio

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A bebê Luísa Vitória, de quase dois meses, que nasceu depois de um mal súbito da mãe, grávida de 9 meses, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, deixou o hospital nesta quarta-feira (5) e ganhou um ensaio fotográfico. Luísa nasceu no dia 17 de fevereiro em um parto de emergência em uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimada. Com brinquedos, acessórios e enfeites ela posou para o ensaio.

Luísa Vitória ficou internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e agora vai morar com o pai, Cristian Ribeiro Galvão. A mãe dela, Iolanda Pimentel, morreu ao passar mal em casa.

As fotos foram feitas durante a estadia da bebê no hospital. Segundo Cristian, ela ficou 48 dias na unidade hospitalar. O ensaio foi um presente da unidade e do proprietário de um estúdio naquela cidade.

“É de encher o coração poder participar de projetos como este”, afirmou o fotógrafo Macus Bordado. Ele a mulher foram responsáveis pela ensaio. As fotos, segundo eles, foram feitas a cada melhora no quadro médico de Luísa.

No ensaio, Luísa posa com enfeites, binquedos e acessórios. Um deles é a tiara da Mulher Maravilha, super-heroína das histórias em quadrinho.

A bebê está sob os cuidados do pai, que comemora a alta da filha. “Estou mui feliz. Agora posso ter ela perto de mim e está bem, sem nenhuma sequela. Apesar de tudo que aconteceu, ser pai é melhor experiência da vida. Vou cuidar dela e dar todo amor e carinho”, declarou.

O nome de Luísa já havia sido escolhido pela mãe. “O nome já estava definido, não quis mudar, só acrescentamos o Vitória, por causa de tudo que aconteceu”, contou Cristian.

O parto
A médica plantonista do Samu, Luciana Abreu Horta, de 36 anos, realizou o parto de emergência para tentar salvar o bebê. Ela relatou sobre o atendimento feito na ocorrência. Luciana é cirurgiã geral e vascular. Ela explicou que familiares da jovem ligaram para o Samu pedindo ajuda dizendo que a moça estava tendo convulsões.

 “Durante o trajeto [até a casa] recebemos uma nova chamada dizendo que a paciente parou de respirar. Quando chegamos ela estava em uma cadeira e já tinha sinais de morte, não apresentava pulso. Eu pedi permissão [aos familiares] para tentar uma abordagem e salvar o neném”, declarou a médica.

Luciana contava com a ajuda de apenas duas pessoas: a enfermeira Evilásia Soares e do cabo bombeiro Júnior, que dirigia o veículo de resgate. A médica disse que decidiu rapidamente pelo parto para tentar salvar a criança, diante da morte da jovem.

O parto foi feito no trajeto da viatura até a Santa Casa de Rondonópolis, mesmos sem as condições e materiais necessários para a cesária. A criança apresentou saúde estabilizada ao chegar na unidade. “Foi muito rápido e a pressão é muito grande. Foi emocionante tomar uma decisão dessa, perante a família, em uma situação de resgate. Foi iluminação de Deus”, completou Luciana, que é mãe de um menino de 4 anos.

Fonte: G1

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