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Após 8 anos, acordo de R$ 60 milhões entre Estado e vítimas de Algodões será homologado

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O Tribunal de Justiça do Piauí deve homologar, nesta sexta-feira (07), o acordo de R$ 60 milhões entre o Estado do Piauí e as vítimas da tragédia do rompimento da barragem de Algodões I, no município de Cocal, a 268 km de Teresina, no dia 27 de maio de 2009. 

Pelos termos do acordo proposto pelo Desembargador Brandão de Carvalho, que conduziu o processo de negociação, o valor será a pago em 30 meses. 

“A informação da celebração do acordo foi nos termos propostos por mim. O Procurador do Estado Kildare Rone me telefonou informando sobre o acordo, que será homologado judicialmente, às 10h, em meu gabinete no TJ-PI”, pontuou o desembargador.

O presidente da Avaba (Associação das Vítimas da Barragem de Algodões), Corsino Medeiros, declarou em entrevista ao Notícia da Manhã de hoje, que, finalmente, essa saga chega ao fim. 

“Foram oito anos de luta. Uma luta não só pela dignidade humana e pelo respeito, mas também pela própria vida. Era uma luta pela vida. Nesse período, quantas pessoas eu não vi morrer, quantas pessoas se foram  lutando e pedindo por justiça; e essa justiça demorou a chegar. Agradeço a todos que nós ajudaram, pois foram muitas as ajudas que recebemos durante esse anos”, disse. 

Para ele, a tragédia de Algodões, como ficou conhecida, é “uma ferida na carne do Piauí”. 

Rompimento

O rompimento da barragem Algodões I ocorreu no dia 27 de maio de 2009, km Cocal (a 268 km da capital Teresina). Mais de 600 famílias foram retiradas das suas residências, de forma emergencial, devido à elevação do rio Pirangi com as fortes chuvas. O desastre deixou casas inteiras debaixo d´água e 35 mil moradores de duas cidades sem energia. Ao todo, cerca de 15 pessoas morreram na tragédia, sendo que nove vieram à óbito no momento da tragédia. Devido o rompimento, centenas de pessoas ficaram desabrigadas. 


 


Carlienne Carpaso
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