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Criança atacada por pit bull tem perna dilacerada

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A mãe do menino Gabriel Schimidt, de 11 anos, que foi atacado por um pit bull no sábado (8) em Ribeirão Preto (SP) diz que o cão mordeu seu filho várias vezes e afirma que não sabe o que poderia ter ocorrido se um empresário que presenciou o ocorrido não tivesse ajudado a vítima. Ainda de acordo com ela, o animal dilacerou a panturrilha de seu filho e afirma que "um pedaço da perna dele ficou na boca do cachorro".

Patrícia Schimidt afirma que o filho fez a primeira cirurgia curativa no domingo (9), e vai enfrentar a segunda cirurgia para enxerto de pele na manhã desta terça-feira (12). "Quando eu vi os ferimentos eu quase desmaiei, ele estava com dois pedaços da perna dilacerados. A lesão foi muito feia", conta.

A mãe ficou sabendo do ataque pela esposa do empresário Pérsio Dizerto Lelis, que socorreu o garoto. "Eu estava em casa, tocou a campainha, e eu até achei que fosse a mãe de algum amiguinho dele. Quando ela falou 'seu filho foi atacado por um pit bull' eu quase desmaiei. Meu filho está sempre aqui brincando com os amigos, é um lugar que eu moro há 15 anos e é uma coisa que a gente nunca espera que vai acontecer. Eu cheguei na UPA em prantos".

Gabriel foi levado para a UPA da Avenida 13 de Maio e logo depois encaminhado para a Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas. "O médico que o atendeu foi muito rápido. Ele percebeu que era um caso cirúrgico, só tampou o ferimento e já solicitou a vaga para ele, que saiu em 15 minutos", conta.

A primeira cirurgia, que ocorreu no domingo, foi concluída sem complicações e uma nova cirurgia deverá ser feita na manhã dessa terça-feira (12). O garoto receberá um enxerto de pele no local que foi dilacerado pelo pit bull. "O médico falou que foi mais grave do que eles imaginavam porque pegou músculo, tendão, ligamentos e chegou a riscar o osso. Agora ele vai fazer um enxerto. Quando eles abrirem é que vão saber se o ferimento está melhorando, é uma espécia de cirurgia curativa que vai detectar se vai ser necessário fazer outras".

Patrícia conta que o dono do animal, o adestrador e empresário Sérgio Catandeiro, prestou todo suporte para a família e foi até o hospital pessoalmente acompanhado de seus familiares. "Eles foram até o hospital e se propuseram a pagar o que precisasse, mas eu falei 'eu sei que é o seu ganha pão, mas como pode isso?' Ele disse 'eu sustento os meus filhos com isso'. E eu respondi, 'mas você não pode sustentar os seus e deixar matar o meu'", conta.

Ainda segundo a mãe, Gabriel está traumatizado. O menino está tomando medicamentos para poder dormir e também para suportar a dor. "Ele está acordado, conversando e está traumatizado. Hoje ele chorou muito, ele dorme, mas tem como se fosse espasmos por conta de medo, tensão, pavor e a gente tenta amenizar isso não saindo de perto dele", conclui.

Ataque

Segundo informações registradas no boletim de ocorrência, a cadela teria escapado da área de uma obra por um vão. Um empresário que passava perto do local de carro afirma que viu o momento em que o pit bull deixou a área cercada e perseguiu a vítima, que segundo ele, estava passeando de bicicleta.

Sem saber o que fazer, o empresário afirma que acelerou o carro e abriu a janela do seu lado. Em seguida, ele chegou perto de onde o menino estava sendo atacado e puxou o garoto pela roupa para dentro do automóvel. Mesmo assim, a cadela não largou da perna do jovem e o empresário disse que teve que golpear o pit bull para poder colocar o garoto em seu carro.

O homem levou o menino até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o paciente foi encaminhado para o Hospital das Clínicas horas depois disso. O dono do animal explica que acredita que alguém tenha danificado o portão pelo qual seu pit bull escapou. O caso foi registrado na Central da Polícia Judiciária (CPJ) de Ribeirão Preto como omissão de cautela na guarda e condução de animais.

Fonte: G1

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