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Saúde: 51% da população de Teresina têm excesso de peso, revela pesquisa

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A capital do Piauí é a 8ª do país com menor prevalência de excesso de peso no Brasil, mesmo assim, mais da metade da população está acima do peso ideal. A média de Teresina ficou em 51,6%. Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde e divulgados nesta segunda-feira (17).

Palmas foi a cidade com menor índice no país, 47,7, seguida de São Luis (47,9), Goiânia (48,5), Florianópolis (48,8), Brasília (48,8), Belo Horizonte (49,6) e Vitória (49,7). No ponto extremo da tabela, com a maior prevalência de excesso de peso está a capital do Acre, Rio Branco (60,6), seguido de Campo Grande (58,0).

 Em Teresina, a prevalência da obesidade está abaixo da média nacional, 17,2% da população está obesa.

De acordo com a pesquisa, o brasileiro está mais obeso. Em 10 anos, a prevalência da obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, atingindo quase um em cada cinco brasileiros. O resultado reflete respostas de entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos das capitais brasileiras.

Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade é um dos fatores que pode ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que piora a condição de vida do brasileiro e podem até matar. O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. Em ambos os casos, o diagnóstico é mais prevalente em mulheres. Na capital do Piauí, 23,2% disseram ter diagnóstico médico de hipertensão, e 6,8%, de diabetes.

O Vigitel, realizado pelo Ministério da Saúde desde 2006, auxilia para conhecer a situação de saúde da população e é utilizado como base para planejar ações e programas que reduzam a ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis, melhorando a saúde do brasileiro.

EXCESSO DE PESO E OBESIDADE – A obesidade aumenta com o avanço da idade. Mas mesmo entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge indicador alto: 17%. Excesso de peso também cresceu entre a população. Passou de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. Já é presente em mais da metade dos adultos que residem em capitais do país. 

A pesquisa também mostra a mudança no hábito alimentar da população. Os dados apontam uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. E apenas 1 entre 3 adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana. Esse quadro mostra a transição alimentar no Brasil, que antes era a desnutrição e agora está entre os países que apresentam altas prevalências de obesidade.

MENOS REFRIGERANTE – Entre as mudanças positivas nos hábitos identificados na pesquisa está a redução do consumo regular de refrigerante ou suco artificial. Em 2007, o indicador era de 30,9% e, em 2016 foi 16,5%. 

A população com mais de 18 anos está praticando mais atividade física no tempo livre. Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%. Nas faixas etárias pesquisadas, os jovens de 18 a 24 anos são os que mais praticam atividades físicas no tempo livre.

Índice de prevalência de excesso de peso no Brasil por capital

1- Palmas: 47,7
2- São Luis 47,9
3- Goiânia: 48,5
4- Florianópolis: 48,8
5- Brasília: 48,8
6- Belo Horizonte: 49,6
7- Vitória: 49,7
8- Teresina: 51,6
9- Macapá: 52,8
    Boa Vista: 52,8
10- Salvador: 53,8
11 -São Paulo: 53,9
12 -Curitiba: 54,2
13- Belém: 54,4
14- Porto Alegre: 54,9
15 - Maceió: 55,4
16- Recife: 55,6
      Porto Velho: 55,6
17- Aracaju: 55,7
18- Rio Branco: 60,6
19- Campo Grande: 58,0
20- Natal: 56,6
      João Pessoa: 56,6
21- Fortaleza: 56,5
22- Cuiabá: 56,4
23- Manaus: 56,3
24- Rio de Janeiro: 55,8

Hérlon Moraes (Com informações do MS)
[email protected]

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