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Abordagem da Strans acaba com tiro em motorista e confusão no Centro de Teresina

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Atualizada as 17h15min

Uma abordagem de fiscais da Strans (Superintendência de Transporte e Trânsito) quase acaba em tragédia na tarde desta terça-feira (18). Após um motorista levar um tiro por não parar numa fiscalização, moradores e populares que estavam no Centro de Teresina organizaram um protesto contra a suposta ação policial que vitimou o motorista Anderlan Rafael Gomes Ferreira. A vítima levou um tiro no rosto. Populares queimaram pneus e fizeram um bloqueio fechando a rua Rui Barbosa, uma das principais vias do Centro da capital.

Matéria Original

O motorista Anderlan Rafael Gomes Ferreira foi baleado no queixo enquanto dirigia seu carro no Centro de Teresina, na tarde desta terça-feira (18). De acordo com testemunhas, que preferiram não se identificar, ele trafegava na rua Rui Barbosa e teria sido abordado por uma viatura da Superintendência de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans) e se recusou a parar. Um policial teria efetuado o disparo. 

"O agente da Strans pediu que ele parasse e ele não parou, continuou seguindo. Ao mesmo tempo, dois policiais militares flagraram o momento no qual ele tentava fugir da Strans. Eu ainda gritei para não atirarem nele, atirarem no pneu, mas atiraram na cara dele. Em seguida, entraram na viatura e fugiram", afirmou uma jovem que diz ter presenciado o ocorrido. 

O fato ocorreu por volta das 13h30 e ninguém estava no veículo além do condutor. O motorista foi socorrido por uma viatura do Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), que informou ao Cidadeverde.com, que a vítima está consciente. Ele já fez sutura e passa por exames. 

Logo após o fato, o motorista Richardson Sampaio, acompanhado de colegas da vítima, explicou que Anderlan faz parte de uma espécie de cooperativa de motoristas, que transportam pessoas dos bairros para o Centro. Segundo ele, Anderlan não teria parado por medo de ter o carro apreendido, já que o serviço não se trata nem de táxi, regulamentado pela Prefeitura de Teresina, e nem de Uber, ainda sem regulamentação. 

"Todos os dias a gente faz esses percursos de lotação. A gente enche o nosso carro e cobra as pessoas o mesmo valor que elas pagariam no ônibus. Só que ele foi abordado pela Strans e já tinha ficado com o carro apreendido uma vez, e a burocracia é muito grande para retirar o veículo. Talvez por isso ele tenha tentado sair do local. Mas nada justifica essa atitude, ainda mais de um policial", declarou.

Policiais do 1º Batalhão da Polícia Militar isolaram a área e ficaram no local. Porém, se recusaram a conceder entrevista. Presente no local, o capitão Sousa Marques declarou que não falaria sobre o caso. 

O veículo, modelo Ford Fiesta com placa de Timon (MA), ficou no local isolado por fitas e com uma marca de tiro no vidro frontal, até ser periciado. 

Colegas da vítima informaram que Anderlan trabalha com o transporte há mais de um ano. 

Transporte ilegal

Dênis Lima, que informou ser gerente de operações da Strans, esteve no local e declarou ao Cidadeverde.com que esse tipo de transporte feito pela vítima já é conhecido e alvo de fiscalizações do órgão. Segundo ele, o transporte clandestino é chamado de alguns dos seus usuários de "Ligeirinho". 

"Eles passam nas paradas de ônibus e chamando as pessoas para irem até determinado local. Normalmente, esses veículos são apreendidos, pois trata-se de um transporte ilegal, já que eles levam passageiros e não têm nenhuma regularização junto ao órgão", afirmou. Dênis Lima acrescentou que alguns motoristas usam uma manta no veículo para serem identificados pelos passageiros. 

Rayldo Pereira (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
[email protected]

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