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Polícia pede retrato falado de homem que teria envenenado garoto com bombom

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A delegada Luana Alves, da Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA) informou que será produzido um retrato falado do homem que supostamente deu um bombom envenenado a uma criança na zona Leste da capital. A criança estava a caminho da escola e teria desmaiado e sofrido convulsões por conta da droga que teria ingerido.

"A equipe de investigação já tem as diligências a serem feitas para a gente tentar principalmente saber se ela recebeu mesmo esse bombom. Encaminhamos a criança para o Instituto de Criminalística para que possamos ter um retrato falado dessa pessoa que entregou o bombom e com essas informações complementar a investigação", reforçou a delegada.

A criança está há mais de 72 horas transitando entre estados de consciência e  convulsões e dormiu a maior parte desse período. Após ter sido atendida na manhã desta quinta-feira (20) na UPA do Renascença a criança foi transferida para o hospital Areolino de Abreu de onde teve alta e foi entregue aos cuidados da família. De acordo com a delegada, a situação não atrapalha as investigações que já estão avançadas.

"O fato dela estar aos cuidados da família não nos atrapalha. Nós estamos com a investigação avançada mas ainda precisamos de muitas respostas. Estamos aguardando alguns laudos e que o exame toxicológico seja feito", pontuou.

O exame será elemento crucial na investigação e tem sido alvo de cobranças do Conselho Tutelar, que alega não ter acompanhado sua realização. A delegada reforça que se o IML não tiver condições de fazer aqui no Estado, que ele seja encaminhado então para outro local. "Nós precisamos desse resultado - é algo fundamental para a investigação. A gente precisa saber que tipo de substância a criança ingeriu para estar com esse comportamento e depois tentar identificar quem forneceu essa substância", completou.

Balei Azul
 
Luana Alves também esclareceu a suposta ligação entre o caso da criança e o Desafio da Baleia Azul, que ganhou visibilidade após investigações iniciadas no Brasil e fora dele. Para ela, seria precoce afirmar que há um envolvimento, mas também não descarta que as mensagens recebidas pelo Conselho Tutelar serão investigadas. O jogo que consiste no cumprimento de várias provas levaria os envolvidos ao suicídio no final.

"Não é que seja descartada essa ligação. O que a gente tem que ter em mente é que o jogo tem uma repercussão tão grande que há o risco de tudo ser associado a ele. Temos que ter cautela em afirmar qualquer coisa sobre esse jogo. O que eu tenho que afirmar é que os pais tem que estar atentos. O que a criança tem que ser orientada. Não que a gente tenha descartado - o que nos interessa é saber se esse bombom tinha uma substância envenenada ou se ele realmente aconteceu", pontuou.

Conduta da mãe

A delegada também pediu cautela em relação ao julgamento popular em relação a conduta da mãe, de não acompanhar os filhos menores até a escola. Segundo ela o comportamento também será alvo de investigação, além de depoimentos que também serão colhidos na própria escola.

"A gente não precisa nem potencializar nem negligenciar a conduta da mãe. Temos que entender porquê a mãe não ia deixar essa criança na escola. Porquê além dessa criança havia uma outras criança também. Então a gente tem que analisar. Quem nos ajuda nisso é o Conselho Tutelar que está acompanhando a vida dessa família. Na escola nós colheremos depoimentos, mas o procedimento é sigiloso e a investigação precisa de muitas respostas", concluiu.

Rayldo Pereira
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