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Check up da fertilidade estima tempo fértil da mulher

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Cada vez mais é comum que mulheres decidam adiar o sono da maternidade. Seja pelo momento profissional que vive, pela trajetória acadêmica ou simplesmente por ainda não ter encontrado o parceiro "ideal”.  Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2005 o número de mães entre 30 e 39 anos representava 22,5% e saltou para quase 31% em 2015.

Mariana Lucena se encaixa nesse perfil, estudando para concursos, a administradora de empresas de 32 anos, diz que ainda não chegou o momento ideal para ser mãe. “É um sonho que tenho, mas preciso primeiro ter uma estabilidade financeira para ficar grávida. Sei dos riscos de uma gravidez tardia, mas, mesmo assim, filhos são um projeto para daqui uns 5 anos”, frisou.

Segundo o médico Anatole Borges, especialista em reprodução humana, essa realidade é uma tendência, já que hoje a maioria das mulheres não abre mão de estudar, viajar e consolidar a carreira antes de pensar em casar e ter filhos. "É preciso atenção, pois a mulher evoluiu socialmente e não biologicamente, isto é, o processo de envelhecimento do seu ovário é bem mais rápido do que o do seu corpo e da sua mente, o que acaba dificultando a gravidez espontânea após os 35 anos", explica. 

Ao optar pela maternidade tardia, a recomendação é que seja feito um check-up da fertilidade para avaliar se está tudo bem com o sistema reprodutor feminino. "Trata-se de uma série de exames e de análise clínica para diagnosticar possíveis doenças que podem causar infertilidade, como a endometriose e síndrome do ovário policístico", ressalta Borges.

Para que o adiamento da maternidade seja possível e seguro, o médico indica os principais exames para identificar fatores de risco que levam a mulher a ter diminuição da fertilidade. “O teste de reserva ovariana é um dos principais entre o check-up e serve para indicar a capacidade ovariana da mulher. Ele é feito a partir da coleta comum de sangue e o objetivo é medir a dosagem de hormônio antimulleriano, que estima a quantidade de óvulos da mulher”.

Outros exames podem ser solicitados como os que identificam bactérias que podem diminuir as chances de engravidar, a ultrassom transvaginal também pode ser feito e permite diagnosticar problemas uterinos que podem atrapalhar a gravidez futuramente.
“Da mesma forma que o uso de métodos anticoncepcionais é indispensável para casais que desejem evitar a gravidez, as mulheres que sonham em ter filhos no futuro devem ter na sua rotina a prevenção de problemas de fertilidade, uma vez que a mesma entra em declínio progressivo com o passar dos anos”, finalizou Anatole Borges.

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