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Auditoria revela desvios de quase R$ 500 milhões na Conmebol

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Uma investigação interna feita pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) revelou que pelo menos 150 milhões de dólares (aproximadamente R$ 472 milhões na cotação atual) foram desviados dos cofres da entidade entre 2000 e 2015. 

A auditoria foi contratada pela própria confederação para revelar o estrago feito pelos anos de corrupção.

A investigação da própria Conmebol constatou que Nicolás Leoz, ex-presidente que ficou à frente da entidade entre 1986 e 2013, foi o principal responsável pelos valores desviados. Ele deixou o cargo há quatro anos ao alegar problemas de saúde.

Hoje com 88 anos, Nicolás Leoz está em prisão domiciliar desde junho de 2015, em Assunção, no Paraguai. As autoridades dos Estados Unidos querem julgá-lo e já pediram a extradição do cartola, mas seus advogados lutam para impedir que isso aconteça.

Após a auditoria interna feita pela entidade, a defesa de Leoz não foi encontrada para comentar o fato revelado. Por várias vezes, eles fizeram o que se espera de advogados: o defenderam e arumentaram que ele é inocente.

A Conmebol agora deve fazer o mesmo que a Fifa fez na Justiça dos Estados Unidos, tomar ações legais para ter parte do dinheiro devolvido. Há uma diferença, porém, já que a entidade máxima do futebol não deixou que sua investigação interna torna-se pública, ao contrário do que a entidade que rege o futebol da América do Sul deve fazer nesta quarta-feira no Chile, durante o congresso anual.

Além de Leoz, mais dois ex-dirigentes da Confederação estão presos. Eugenio Figueredo, que comandou a entidade de 2013 a 2014 está em prisão domiciliar no Uruguai.

Ele confessou os crimes e colabora com a Justiça uruguaia desde então. Já Juanl Angel Napout, presidente de 2014 a 2015, está nos Estados Unidos e se diz inocente.

Brasileiros na mira da Justiça

Outros dirigentes sul-americanos foram também detidos ou acusados de corrupção pela Justiça norte-americana, em maio de 2015, como os brasileiros José Maria Marin, que está em prisão domiciliar em Nova York, Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira. Todos afirmam que são inocentes.

Por vários anos, os clubes brasileiros reclamaram da premiação das competições sul-americanas, principalmente da Copa Libertadores. Alguns chegavam a afirmar que eles pagavam para jogar a cobiçada competição e talvez uma parte da explicação seja de que o dinheiro era desviado para o bolso dos dirigentes ao invés de ir para os clubes.

Fonte: IG

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