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Centrais sindicais e escola particular aderem à greve geral no Piauí

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Um dia de greve nacional contra a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista, que tramitam no Congresso e são defendidas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).  A data escolhida pelas centrais sindicais, movimentos social e estudantil, será na próxima sexta-feira (28). 

No Piauí, o ato está previsto para durar cerca de cinco horas, com concentração às 8h na Praça Rio Branco, Centro de Teresina. Algumas escolas particulares, como o Colégio Diocesano, também manifestaram apoio ao movimento e não haverá aula na sexta. 

"Nós vamos nos concentrar na Rio Branco, depois, umas 10h, vamos sair em caminhada pelas ruas do Centro, passando pela sede do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), Prefeitura, Palácio do Karnak e finalizando o ato na Praça da Liberdade, em frente ao IFPI (Instituto Federal do Piauí)", disse Marcelino Fonteles, membro do Frente Brasil Popular.  Ele disse ao Cidadeverde.com que a adesão dos sindicatos está forte. 

Em Carta, o Colégio Diocesano informou que a Rede Jesuíta de Educação - em um claro exercício de cidadania, indignação ética e prontidão cívica - suspenderá a aula no dia 28, em apoio a decisão da Conferência Nacional dos Bispos a cerca da Reforma da Previdência. Além dos Diocesanos, a Rede Jesuita possui a Escola Santo Afonso Rodriguez e Escola Padre Arrupe

"Dessa forma, procura reforçar o clamor das entidades que, rechaçando qualquer tipo de violência, exige das autoridades o respeito aos direitos democráticos por meio do diálogo e da participação dos setores organizados. Não nos posicionamos a favor de um ou outra corrente partidária, nem de sindicatos, mas insistimos que as conquistas sociais sejam mantidas. Nesta hora, somos todos convidados a refletir e fazer uma leitura critica sobre os repetidos e inaceitáveis atentados aos direitos humanos que a população vem sofrendo", diz a nota, disponível na integra ao final desta matéria. 

UFPI, UESPI e IFPI

Os docentes da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e do Instituto Federal do Piauí (IFPI) também vão aderir a greve geral. Além desses, os técnicos do IFPI e da UFPI vão paralisar as atividades na sexta. Alguns estudantes irão participar para fortalecer a manifestação.

"No dia 28, nós vamos sair dos nossos locais de trabalho e ir a luta contra a reforma da previdência, a reforma trabalhistas e as terceirizações. Vamos denunciar esses ataques aos direitos dos trabalhadores. Vamos mostrar que os trabalhadores não vão ficar parados. Esse governo não tem legitimidade e não poderá retirar direitos históricos da classe trabalhadora", declarou a coordenadora do Sintifpi, a professora Patrícia Andrade.

Servidores Municipais 

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) irá reforçar a data com a realização de uma Assembleia Geral, a partir de 8h, no Teatro de Arena, centro de Teresina e, a partir das 10h, se juntará ao ato unificado. 

Bancos e Correios  

O secretário geral do Sindicato dos Bancários, José Ulisses, informou que a categoria estará presente na manifestação.  Em assembleia na semana passada, a decisão é de que os trabalhadores participem do ato. Com isso, é possível que as agência bancárias não abram na sexta (28), voltando ao atendimento normal na terça (2), pois segunda é feriado, dia do trabalhador. 

O Sindicato dos bancários e dos Correios vão realizar uma nova assembleia na noite desta quarta-feira (26) para deliberarem mais uma vez a adesão ao movimento. 

Demais sindicatos e MST

O sindicatos dos Urbanitários (Chesf, Cepisa, Emgerpi/Cohab, Agespisa e Saae-Campo Maior), dos Previdênciários, da Construção Civil,  Comerciários também decidiram apoiar o movimento.  Além desses, os trabalhadores rurais, o Movimento Sem-Terra (MST) e o INCRA estarão participando do ato contra as reformas, com concentração na Praça Rio Branco. 

Agentes Penitenciários

O diretor jurídico do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilobaldo Carvalho, informou que a categoria fará uma manifestação em frente a Casa de Custódia, no dia 28.  "A PEC 287/2016 não se trata de reforma. Quando você reforma sua casa é para torná-la mais agradável e aconchegante ou torná-la insalubre? Quando você revisa seu carro é para deixá-lo desmontado ou em condições adequadas para a sua segurança e conforto? A PEC 287/2016 representa grave ataque à geração atual e futuras. Está em jogo a nossa sobrevivência. Por isso, lutaremos até a morte, caso seja necessário, já que são direitos a nossa dignidade e existência que estão sendo estraçalhados", declarou. 

Carta enviada pela Rede Jesuita aos pais, alunos e responsáveis 

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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