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Governador diz que não houve debate sobre reforma e fala em retrocesso

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O governador Wellington Dias (PT) afirmou nesta quinta-feira (27), um dia após a polêmica aprovação da Reforma Trabalhista na Câmara Federal, que alguns pontos da proposta significam um retrocesso nos direitos trabalhistas do cidadão. Para o petista, a reforma foi atropelada e o que é pior: não houve debate.

“O Brasil pode ser acionado junto à Organização Internacional do Trabalho. Quando é para tirar direito a organização diz que não. Estamos falando de situações que terão questionamentos. Essa reforma foi meio que atropelada. Não teve debate. Se colocou no meio algumas coisas que significam retrocesso”, declarou o governador em entrevista à TV Cidade Verde.

O petista disse que não é advogado e muitos menos jurista, mas não há como não ter questionamentos sobre o projeto.

“Eu não vou ter dúvidas que nós vamos ter questionamentos. Eu não sou advogado, quanto mais jurista, mas juristas respeitados do Brasil dizem que nessa reforma foram aprovadas regras que o Brasil desrespeita tratados como o da Organização Internacional do Trabalho. São leis que estão equiparadas com a Constituição brasileira, estão acima de projeto de lei ordinária. Estamos falando de tratados internacionais”, declarou.

Segundo Wellington Dias, tanto na reforma da previdência como na trabalhista, quem mais perde são os estados do Nordeste. 

“Quem mais perde é o Nordeste e estados como o Piauí. Temos que cuidar por conta da previdência para não cair nas costas dos mais pobres”, afirmou.

O texto da Reforma Trabalhista foi aprovado por 296 votos a favor e 177 contrários e segue agora para o Senado.

Hérlon Moraes
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