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Construtores apontam dificuldades no uso do sistema de preços em obras públicas

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Os empresários de obras públicas do Piauí aproveitaram o Seminário de Atualização do Sistema Referência do Sinapi para mostrar as dificuldades e como a ferramenta - que é o principal balizamento para custos em obras do país - está sendo usada na prática pela administração pública. O encontro realizado pela Associação Piauiense dos Empresários de Obras Públicas (Apeop-PI) aconteceu na manhã desta quinta-feira (27), no auditório do 8º andar da Fiepi.

Durante o debate, o empresário Gilberto Cordeiro levantou a dúvida sobre falta de variedade e consistência dos dados do sistema para a área energética. “Nós sabemos que linha de transmissão é um setor muito específico, mas precisamos ter mais opções para trabalhar dentro do Sinapi, como as demais áreas parecem ter”. Para o gerente executivo de padronização e normas técnicas da Caixa Econômica Federal, Afredo Junior, o problema existe e precisa de correção. “Tinhamos gente especializada na área de energia na nossa equipe, mas perdemos, talvez por isso ficou tão abaixo do esperado” explicou Alfredo.

Ao representar a CBIC no evento, o consultor técnico Geraldo de Paula, destacou que os encontros são para isso, inclusive, parceria técnica. “Ao levantarem questionamentos como esse, pudemos, inclusive aqui em Teresina, convidar a empresa do empresário Cordeiro a participar conosco do processo de aferição de linhas de transmissão, quando saírem os primeiros produtos para o próximo levantamento. Será uma honra”. 

Na revisão que está em andamento do Sinapi, os consultores querem destacar que a principal mudança é a de mentalidade. “O Sinapi não é uma tabela rígida. É um sistema de referência que dá o caminho, e a gente faz questão de mudar esse pensamento. É uma das ferramentas, mas não responsável por pagamento das obras públicas”. 

Mas o empresário Francisco Ramalho foi enfático ao destacar como o sistema seria usado de fato nos estados do Piauí e Maranhão. “Funciona na realidade como tabela, e não tem quem convença os gestores a fazerem o contrário. Ninguém assina o preço real, assina o do sistema, que muitas vezes está defasado”, lamenta Francisco Ramalho. 

“O nosso associado sempre participa de forma firme dos nossos encontros, e buscando o melhor entendimento. O que me surpreendeu foi a participação de tantos gestores, controladores, orçamentistas e estudantes, que convidamos, mas percebemos que buscam a cada dia mais conhecimento” ressalta Arthur Feitosa, presidente da Associação Piauiense dos Empresários de Obras Pública (Apeop-PI). 

Os parceiros da Apeop-PI na realização do evento perceberam o quanto o tema chamou a atenção de quem trabalha no setor de obras públicas no Piauí. “Um público que realmente usa a ferramenta no dia-a-dia. Todos que buscaram entender melhor o Sinapi neste dia vão utilizar o Sinapi da forma mais eficiente” destaca Geraldo. 

Essa foi a 13ª edição  e o próximo seminário deve ser em Campo Grande-MS no dia 30 de maio.  A cada novo seminário, os gestores do sistema vem percebendo que no país inteiro ele não vinha sendo explorado da melhor forma. “As críticas são quase sempre sobre a sistemática da ferramenta e quando conseguimos tirá-las as respostas positivas para quem contrata ou é contratado são imediatas”, enfatiza Alfredo Junior.


Da Redação
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