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Interno é assassinado dentro de centro de reabilitação

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Duas mortes violentas foram registradas na Capital durante o feriado de 1º de Maio. Um dos caso ocorreu na região do Grande Dirceu. Matheus Vitor da Silva, 19 anos, foi alvejado a tiros ao chegar na casa de um amigo no bairro Alto da Ressureição, zona Sudeste de Teresina. O amigo- identificado apenas como Marquinho- também foi baleado e encaminhado com vida ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

"Os vizinhos informaram que ele veio falar com um amigo e os dois ficaram conversando na porta de casa. Aí veio um casal em uma moto, sendo que a mulher estava na garupa. Ao chegar perto das vítimas, ela sinalizou e um motoqueiro que veio atrás atirou", disse o cabo Claudiomiro, do 8º BPM.

O outro homicídio foi registrado em uma casa de reabilitação de dependentes químicos no povoado Chapadinha Norte, zona Norte da Capital. De acordo com a Polícia Militar, vítima e suspeito eram internos da instituição. A vítima- identificada apenas como Etevaldo- foi violentamente morto com golpes de foice pelo compaheiro de quarto. Francisco, apontado como autor dos golpes, foi preso e encaminhado ao HUT.

Casa de reabilitação não era credenciada

Em entrevista ao Notícia da Manhã, o presidente do Conselho Estadual de Políticas de Combate as Drogas, pastor José Gouveia, explica que a casa de reabilitação não era credenciada junto ao conselho. A comunidade terapêutica havia sido reativada há cerca de um mês por um pastor e abrigava quatro internos.

"Muitos têm se levantado com boa vontade de ajudar o próximo, mas  existe uma legislação específica para isso. Não é só de boa vontade que a coisa vai funcionar. Soubemos do que ocorreu e fomos fazer um levantamento. Então, descobrimos que a instituição esteve desativada por quase dois anos, foi passada para um pastor que, sem ter conhecimento de como funcionava, colocou quatro usuários neste local. Ele tem muita boa vontade de fazer, mas não fez de forma correta", explica Gouveia. 

Ele ressalta ainda que Conselho Estadual de Políticas de Combate as Drogas é o órgão fiscalizador das instituições de reabilitação no Piauí e alerta que existem outras comunidades terapêuticas funcionando de forma irregular. 

"Existem casas que não deixam os monitores cuidando dos seus acolhidos. Tivemos informações de que existem casas em que os próprios acolhidos toma conta uns dos outros. A gente quer alertar para que essas instituições busquem se regularizar", reitera o pastor acrescentando que vai repassar ao Ministério Público uma lista com todas as instituições credenciadas junto ao Conselho Estadual de Políticas de Combate as Drogas e Coordenadoria de Enfrentamento as Drogas. 

"Vamos repassar essa lista para que o Ministério Público tenha ciência de quem está trabalhando dentro da lei", finaliza o pastor. 

 

Graciane Sousa
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