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Governo conclui reforma administrativa com mudanças na Saúde e Institutos, diz Merlong Solano

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O secretario estadual de Governo, Merlong Solano, confirmou que mudanças em três órgãos vão concluir a reforma administrativa de Wellington Dias (PT-PI). O gestor anunciou, no Jornal do Piauí desta quinta-feira (4), que além da Secretaria da Saúde e do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí (IAEPI), haverá alteração também no Instituto de Terras do Piauí (Interpi). 

Francisco Costa, que em 2014 renunciou ao mandato de prefeito de São Francisco do Piauí para assumir a Secretaria da Saúde, dará lugar a Florentino Neto, ex-prefeito de Parnaíba pelo PT, que não conseguiu a reeleição no ano passado. 

Para abrir espaço para Costa no Governo, Hérbert Buenos Aires de Carvalho sairá do Instituto de Águas para assumir o Interpi, até então comandado interinamente por Regina Lourdes Carvalho de Araújo. Funcionária do Instituto desde os anos 1980, ela ocupava a direção geral desde 2016, quando houve indefinição sobre a posse de José Osmar, promotor de Justiça no Maranhão. Sem vencer a disputa jurídica sobre o impedimento ou não de José Osmar em ocupar o cargo sem se desligar do Ministério Público, Osmar voltou para a função de promotor. 

Outra acomodação feita pelo governo foi a nomeação do petista Pedro Calixto, ex-delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Piauí, na Superintendência de Articulação da Secretaria de Governo. O cargo estava vago desde a saída de Francisco Macedo para o comando da maternidade Dona Evangelina Rosa, no início de abril.

Na TV Cidade Verde, Merlong Solano disse que as nomeações são a "conclusão de um processo de mudanças e ajustes", que envolveu a acomodação de integrantes do PMDB em outros órgãos - inclusive coordenadorias recentemente criadas pelo Estado. O secretário de Govenro defendeu as mudanças não só pelo ponto de vista técnico como também político. 

"É importante que o Governo, além de capacidade técnica, reúna também representatividade política. É um fator muitíssimo importante. Só não precisa se levar em conta representatividade política nos regimes autoritários", pontuou Solano, acrescentando que a crise vivida pelo Brasil hoje começou com a eleição de uma presidente sem apoio do Congresso Nacional. "Sempre há um certo risco das acomodações serem exageradas, mas é preciso, diminuíndo esse risco, obviamente, ficar de olho no aspecto político para que o governo tenha condições de governar."

Para Merlong Solano, a atuação dos gestores em seus novos órgãos será importante. Ele elogiou o trabalho de Francisco Costa na Saúde e acredita que o mesmo está gabaritado para cuidar de um ponto estratético, que é o abastecimento de água. Lembrou que Florentino Neto é funcionário da Fundação Nacional de Saúde. E acrescentou que Buenos Aires fará um trabalho estratégico no Programa de Regularização Fundiária, necessário para que empresas que desejam investir no Piauí tenham segurança nos títulos de propriedade de terras a serem adquiridas. 

Foto: Wilson Filho/Cidade Verde

Crise financeira
Merlong Solano afirmou que o Estado tem se empenhado para minimizar os efeitos da crise econômica nacional no Piauí. Ele admitiu que o risco de atrasos de salário continua a existir e disse que o ritmo de obras é mais lento "porque o dinheiro é curto". Mas os ajustes feitos pelo governo estadual, segundo o secretário permitem que o Piauí respire. 

O secretário defendeu decisões do poder público, como o investimento mínimo de 10% por parte do Estado. "A coragem de tomar esse tipo de decisão é que tem livrado o Piauí de situações mais vexatórias que acontecem em outros estados do Brasil", comentou, afirmando que o Governo tem de ter capacidade de fazer até investimentos maiores, para atrair investimentos da iniciativa privada.

Fábio Lima
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