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Ouça áudio entre empresários presos na operação do Gaeco

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Um áudio autorizado pela Justiça e que o Cidadeverde.com teve acesso mostra o diálogo entre dois presos da Operação Escamoteamento, deflagrada no começo de abril para desbaratar uma organização criminosa de cartéis de licitações que atuavam em cidades do norte do Piauí como Buriti do Lopes, Cocal, Cocal dos Alves e Bom Princípio.

Na conversa, Ana Carolina Portela Silva, proprietária da empresa Premium Construções e Locações, conversa com Carlos Kenede Fortuna de Araújo, principal interlocutor das operações. Ela mostra preocupação, já que um dos empresários, Francisco Alilio Gomes Mendes, não estava mais aceitando receber dinheiro para sair das concorrências das licitações. "Só sei de uma coisa: o Alílio é [usa um palavrão] é da pior espécie que tem. Eu tenho é medo das minhas coisas, porque quando ele quer acabar com a vida de uma pessoa", afirma a empresária.

Carlos responde: "Se ele (Alílio) for para umas prefeituras dessas aí, entrar à força para tentar atrapalhar a gente".

Os dois falam em seguida da possibilidade de Alílio participar de licitações em Cocal. "Tu acha que depois desse recado que ele (Alílio) mandou pelo Jansen, ele não vai andar em Cocal agora não?", pergunta Ana Carolina.

"Em Cocal ele não anda porque tem medo. Na hora que ele chegar lá, o Vinute diz que se ficar lá não vai receber aquele dinheiro. Ele não vai por isso. Ele tem esperança de receber o dinheiro", responde Kenede.

Ela e Carlos Kenede foram presos na operação, assim como Alílio Mendes e mais cinco empresários. A Premium, segundo as investigações, recebeu R$ 2 milhões de Cocal entre 2013 e 2015.

As empresas ganhavam licitações para obras, locação de veículos e fornecimento de mão de obra, além de serviços de contabilidade. Os envolvidos são suspeitos de crimes como lavagem de dinheiro, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva. Dos 95 mandados cumpridos, 13 foram de prisões de empresários que estavam em Tianguá (CE).

Na época da operação, o coordenador do Gaeco, promotor Rômulo Cordão, disse que as empresas do Ceará participavam de licitações de diversos municípios sem ter a capacidade operacional para realizar os serviços. A estimativa é de que a fraude tenha rendido R$ 200 milhões à organização. Os crimes ocorriam também nas cidades de cearenses de Ubajara, Tianguá e Viçosa. 

Foram envolvidos na operação 219 profissionais entre eles 23 promotores de justiça do Piauí e Ceará, policiais rodoviários federais, além de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Controladoria Geral da União (CGU).

 

 

Herlon Moraes
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