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Alunas relatam que abusos ocorriam desde fevereiro, diz delegada da DPCA

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Delegada Luana Alves (Foto: Carlienne Carpaso)

A delegada Luana Alves, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, informou, nesta quarta-feira (17), que as estudantes denunciaram que os abusos sexuais de um professor contra elas, em uma escola particular em Teresina, ocorriam desde o mês de fevereiro. A delegada disse ainda que irá solicitar as imagens das câmeras de segurança do local para realizar as investigações.

"Nós da polícia vamos solicitar essas imagens para poder obter o maior número de provas possíveis. O suspeito será chamado a depor, mas em nenhum momento ele é obrigado a falar", comentou Luana. 

A delegada não informou quando fará a oitiva do suspeito, mas destacou que ele poderá permanecer em silêncio.  Os funcionários da escola serão ouvidos. 

Ao todo, cinco estudantes registraram queixa contra o professor. Os fatos ocorreram entre fevereiro e ontem (16), quando as alunas resolveram denunciar. 

A advogada de uma das alunas relatou que os abusos ocorriam nos corredores da escola. O professor, que ministra aulas de Física, apalpava o corpo das estudantes.  

"As alunas contam que o professor chegou a pegar em seus seios, coxas e nas suas partes íntimas. O professor fazia os toques com a mão e também com a ajuda de um apagador de lousa", relata a advogada Larissa Martins. 

Uma das alunas contou ao Cidadeverde.com que, ainda na manhã de terça-feira (16), o professor a assediou. "Ele apalpou o meu seio e depois saiu pelo corredor como se nada tivesse acontecido", relembra a estudante. 

As alunas assediadas têm idade entre 15 e 16 anos e são todas alunas do 1º ano do Ensino Médio.  Elas foram à DPCA ainda fardadas com o uniforme da escola e estavam assustadas com os abusos do professor. Durante os registros dos Boletins de Ocorrência parte delas chegou a chorar. Após a denúncia, as alunas foram encaminhadas para serem submetidas a exames no Serviço de Atendimento à Vítimas de Violência Sexuais (Samvis).


Diretor da escola, professor Gilson Figueredo (foto: Maria Romero)

Gilson Figueredo, diretor da escola onde o professor trabalhava, afirmou ao Cidadeverde.com que tomou providência em três instâncias: administrativa, pedagógica e jurídica. 

"Tudo o que estava ao nosso alcance  nós fizemos. Daqui em diante não podemos fazer mais nada porque é competência da polícia. Administrativamente, afastamos o professor. Pedagogicamente, já fizemos a sua substituição e os alunos já estão tendo aula normalmente. No âmbito jurídico, colocamos o nosso advogado a disposição dos pais para fazer a denuncia, mas do que isso não é da nossa competência", disse. 

O diretor disse ainda que a situação abalou o professor que é casado e tem um filho. Além de ser pastor de uma igreja. 

"Quando conversamos com ele, ele negou veementemente que tenha feito qualquer brincadeira ou cometido qualquer excesso com as alunas. Ele negou todas as acusações", declarou o diretor.  

 

Flash Maria Romero
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