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Monitor da Ufpi é ouvido e pode responder por tentativa de estupro e assédio

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O monitor do curso de História da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), suspeito de assediar sexualmente duas colegas de turma, foi ouvido ontem (17) pela delegada Vilma Alves. Em audiência, o rapaz negou as acusações, mas poderá responder por assédio sexual e tentativa de estupro. 

“Naturalmente ele nega tudo, mas essas meninas não teriam porque mentir. Elas estão com o psicológico visivelmente abalado e choram a todo momento, porque é um constrangimento enorme”, declarou.

A delegada destacou que instaurou dois inquéritos contra o jovem para apurar as denúncias das duas estudantes, para ela, estão caracterizados o assédio sexual e a tentativa de estupro. 

“Por sorte não aconteceu o pior e as meninas conseguiram escapar. Mas, os toques no corpo, a tentativa insistente de beijá-las e o fato de tê-las mantidas em cárcere trancadas dentro da sala, é algo gravíssimo, que viola a liberdade dessas vítimas. Eu claramente vejo o assédio, por ele ser monitor de disciplinas, e a tentativa de estupro, pelos toques no corpo das jovens”, afirmou Vilma Alves. 

Ela falou ainda do prejuízo sofrido pelas estudantes. Por medo do colega, elas deixaram de ir às aulas. A delegada disse que irá concluir as investigações e irá ouvir ainda colegas de curso das vítimas. Além de haver outras vítimas, há colegas que encontraram as vítimas logo após deixarem a sala onde os abusos ocorreram.

Segurança no campus

A UFPI se pronunciou sobre o assunto e disse ter instaurado procedimento administrativo para apurar o caso. Segundo o chefe de segurança da instituição, José Ribamar Silva, o caso é de difícil apuração interna, mas destacou que a administração superior está tomando providências.

“Infelizmente é algo que não conseguimos coibir, é uma situação pontual, mas a administração vai investigar”, pontua Ribamar.

Ele informou que a Ufpi possui mais de 190 homens trabalhando na segurança, contando com sete motocicletas e duas viaturas para atender a comunidade acadêmica. Contudo, lamentou dizendo que seriam necessárias mais de 7 mil câmeras para que todo o campus fosse monitorado.

"Temos 55 câmeras hoje, que estão nos pontos principais, mas infelizmente não temos como monitorar todas as salas e corredores. As vítimas podem nos contatar ligando para o telefone (86) 3215-5591.


Flash Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
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