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Na Alepi, deputados repercutem delações da JBS sobre Aécio e Temer

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Os corredores da Assembleia Legislativa do Piauí ficaram pequenos para tantos comentários sobre a delação de Joesley Batista, donos dos frigoríficos da JBS, divulgada na noite de ontem(17), que levantou suspeitas sobre o presidente da República Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSBD) e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), além do procurador da República, Ângelo Goulart Villela. 

Para o correligionário de Temer, deputado estadual Mauro Tapety, os fatos devem ser apurados e caso sejam comprovados, o presidente deve renunciar. Mas não acredita em eleições diretas. 

“Acho que esse for comprovado, o presidente tem que ser condenado. Agora tudo tem que ser esclarecido e apurado. O Brasil precisa saber o que está acontecendo para que possa depois de tudo voltar à normalidade. Não tem que ter segredo de justiça. Se for confirmado, o que ele tem que fazer no mínimo e renunciar. Eu vou torcer para que não seja verdade. A Constituição não permite eleições diretas, não vamos contra as leis vigentes no país. A Lei diz que quem assume e o presidente da Câmara e com 30 dias tem que ter um mandato tampão. Então temos que respeitar as leis”, disse Mauro Tapety.

Sobre o afastamento de Aécio Neves do Senado, o deputado Luciano Nunes disse que ele também foi afastado da presidência do partido tucano e disse estar abalado e surpreso. 

"A acusação sobre o Aécio surpreendeu a todos, estamos ainda digerindo, nos acostumando e buscando novas informações desse fato que abalou a todos. Ele é o presidente nacional do PSDB. Tivemos a informação do afastamento da presidência. Estamos abalados e lamentamos pelo Brasil, sobretudo, porque no momento em que o país começava a retomada do seu crescimento, começava a ter números positivos em relação ao crescimento de empregos, a inflação sob controle, o PIB começava a dar sinais de que estaria sendo retomado e esperamos que as instituições possam encontrar uma saída o mais rápido possível para que a gente possa superar esse momento tão difícil e delicado que estamos enfrentando", declarou Nunes. 

Gustavo Neiva (PSB) destaca que o momento é de união, para que os problemas sejam solucionados o mais rápido possível para que o país não seja prejudicado. 

"A gente vê como muita preocupação porque estávamos notando que os índices da economia reagindo e de uma hora para outra vem um fato desse comprometedor que atinge o Presidente da República e a nossa preocupação e receio é que o país volte para o fundo do poço e para a estaca zero. O que temos é que conclamar toda a população e todos os políticos que isso não é hora de debate de oposição nem de governo. É hora de todos procurarem uma saída negociada para esse governo, até porque se demorarmos em arranjar uma solução quem vai padecer ainda mais é a população mais necessitada". 


 

Lyza Freitas e Caroline Oliveira
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