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Após delações, Júlio Cesar diz que relação entre PSD e PMDB não está definida

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O presidente do PSD no Piauí, o deputado federal Júlio Cesar, disse que o partido ainda não definiu como será a relação com o PMDB, após a delação premiada do dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, em que cita a gravação de uma conversa com o presidente da República Michel Temer dava aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso. 

Em entrevista ao Jornal do Piauí desta sexta-feira (19), Júlio Cesar disse que “é difícil mensurar o que poderá acontecer”, após essa delação, e que “tudo é imprevisível”.

“Não sabemos quais consequências teremos pela frente. Vamos esperar, o presidente é um homem sensato e o presidente perdeu uma parte do apoio que tinha no Congresso. Boa parte dos partidos está em avaliação sobre a relação com ele. O PSD, eu não sei, porque ainda não conversei com o presidente sobre essa hipótese”, disse o parlamentar. 

Sobre uma possível renuncia de Michel Temer ao cargo de presidência, Júlio Cesar preferiu comentar apenas que “a situação é muito difícil”. 
“O presidente já disse que não renuncia. Eu não posso aconselhar o presidente a tomar uma decisão, ele que precisa se convencer. Ontem quando anunciaram foi potencializada uma crise bem maior, hoje a crise é grave. Não digo que tem uma melhorada, mas é menos grave do que antes da gravação ser divulgada pela imprensa”, declarou. 

Renegociação de dívidas

Durante a entrevista, Júlio Cesar, que é coordenador da Bancada Parlamentar do Nordeste no Congresso Nacional, destacou a renegociação das dívidas dos agricultores por meio da Lei 13.340.  Essa lei deve beneficiar mais de 100 mil agricultores, mas, até o momento, apenas 5% conseguiu renegociar o saldo devedor. 

“A Lei 13.340 começou a valer em dezembro, mas até agora só 5% daqueles que tem o direito de aderir, aderiu. Está faltando divulgação. Fizemos uma reunião com os presidentes dos sindicatos rurais, e com mais de 100 prefeitos em Brasília (durante a Marcha dos Prefeitos). É preciso ter um trabalho permanente de conhecimento e a vontade dos agricultores na renegociação. 

Dos mais de 100 mil agricultores que podem ser beneficiados, cerca de 26 mil é em acordo com o Banco do Brasil e os outros 75 mil pelo Banco do Nordeste. 

A  Lei 13.340  concede descontos entre 60% a 95% de acordo com o saldo devedor  do agricultor, e determina a suspensão, até 29 de dezembro de 2017, do ajuizamento e do prosseguimento das execuções fiscais em andamento.

 

Carlienne Carpaso
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