Servidores municipais de Teresina paralisam as atividades por 48 horas. Nesta quarta-feira (23), representantes de setores de várias categorias como Saúde e Educação, se mobilizaram no Teatro de Arena, na praça da Bandeira, no centro da Capital, e não descartam greve geral. 

Segundo Sinésio Soares, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), a categoria tem um recorte histórico de perdas de 43,25%. 

"Estamos fazendo uma advertência porque a prefeitura abandonou a mesa de negociação e não apresentou nenhuma proposta. O cálculo de perdas é aquilo que precisa ser recomposto e a prefeitura não diz quanto vai recompor. É uma obrigação constitucional de cada empregador, na data base, ter o direito da revisão anual de salários. Por isso, a categoria resolveu decretar a greve geral de 48 horas em todo o serviço público municipal. O que está acontecendo é um desrespeito não só a Constituição, mas aos 22 mil servidores municipais", desabafa Soares. 

Questionado sobre a possibilidade de greve, após as 48 horas, o presidente do Sindserm elenca alguns pontos. 

"A greve vai depender da prefeitura. Esperamos que a prefeitura ceda e, por exemplo, pague a decisão judicial que já existe em relação aos níveis que atendem mais de 3 mil servidores, o precatório do Fundef e seja providenciada a aquisição de ambulâncias do Samu", destacou Soares.

Além de reivindicarem recomposição salarial e protestarem contra a reforma da Previdência , os servidores têm pautas específicas, de acordo com cada setor. Na Saúde, por exemplo, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) denuncia o sucateamento de ambulâncias e diz que, no momento, só existem apenas três circulando em Teresina. Na Educação, os professores reclamam de perdas de direitos

Graciane Sousa
[email protected]