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Impasse entre HU e prefeitura de Teresina vai parar na Justiça Federal

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Em meio aos problemas da saúde, o município de Teresina ganhou outra dor de cabeça. A direção do Hospital Universitário entrou com ação na justiça federal para obrigar a prefeitura de Teresina a aumentar o repasse do SUS para o HU. O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Sílvio Mendes, garantiu ao Cidadeverde.com que o hospital não está cumprindo com suas metas e por isso não irá repassar o recurso.

Sílvio Mendes disse que já comunicou a decisão ao ministro da Saúde, Ricardo Barros de não repassará o recurso para o HU. 

A Prefeitura de Teresina repassa R$ 500 mil tirado do seu teto da saúde para o Hospital Universitário fazer atendimentos a pacientes da capital com câncer. E o HU está reivindicando agora que o valor se eleve para R$ 1 milhão. 

"O Hospital Universitário está insistindo para que se dê esse R$ 1 milhão na área de oncologia que ele não faz. O hospital faz de maneira muito pouco e a população precisa de muito mais. Se eles não fazem eu não vou repassar e o ministro já está ciente disso. Se eles não atendem vamos tirar o teto", desabafou o presidente da Fundação. 

Sílvio Mendes disse ainda que a prefeitura de Teresina quer que o HU faça, principalmente, o diagnóstico precoce do câncer. "Recebemos auditoria do Ministério da Saúde que o tratamento das mulheres portadoras de câncer estão demorando mais de dois meses depois do diagnóstico feito e isso é uma coisa criminosa", disse Sílvio Mendes.

O presidente da Fundação ressaltou que Teresina reivindica que o HU faça cirurgia cardíaca, porque os cinco hospitais que fazem cirurgia cardíaca na capital, três deixaram de trabalhar para o SUS porque não paga a conta.

Ocioso

O diretor geral do HUT, Gilberto Albuquerque disse que o Hospital Universitário está "ocioso" e está fazendo apenas consultas médicas.

"O HU tem uma estrutura física muito boa, ele é credenciado para alta complexidade, só que ele não está realizando esses procedimentos", disse Gilberto.

"O que o HU precisa fazer é ser utilizada a parte que o Estado mais precisa que são as altas complexidades. Por exemplo as investigações oncológica não tem ninguém fazendo no Piauí. Então, esse seria o nicho que cabe muito bem ao HU. Cirurgia cardíaca nunca foi implantado, foi credenciado, mas nunca foi implantado o serviço".

Albuquerque lembrou ainda que ano passado o HU não cumpriu as metas de serviço. Segundo o médico, o Hospital Universitário recebeu R$ 39 milhões para serviços do SUS e só executou R$ 9 milhões. 

"Está longe de atingir a meta", disse Gilberto Albuquerque. 

 

Flash Yala Sena
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