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'Acabou a recessão', diz Temer no Twitter

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O presidente Michel Temer comemorou a alta no PIB do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e escreveu no Twitter que "acabou a recessão" econômica no país.

A alta foi de 1% nos três primeiros meses de 2017, na comparação com os três últimos de 2016. Foi o primeiro resultado positivo após oito trimestres seguidos de queda no PIB. Tecnicamente, a alta tira o país da recessão.

Temer atribuiu o resultado às medidas que foram tomadas pelo governo nos últimos meses. Ele disse que, com as reformas defendidas pelo Executivo, o crescimento econômico ficará ainda maior.

"Acabou a recessão! Isso é resultado das medidas que estamos tomando. O Brasil voltou a crescer. E com as reformas vai crescer mais ainda", escreveu o presidente.

Meirelles fala em 'dia histórico'
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorou o resultado avaliando que "hoje é um dia histórico".
"Depois de dois anos, o Brasil saiu da pior recessão do século. Neste período, milhões de brasileiros perderam seus empregos, milhares de empresas quebraram e o Estado caminhou para a insolvência. O Brasil perdeu a confiança dos investidores e a confiança em si mesmo", declarou Meirelles, por meio de nota.

Ele ponderou, entretanto, que "ainda há um caminho a ser percorrido para alcançarmos a plena recuperação econômica, mas estamos na direção correta."

Veja a repercussão sobre a alta do PIB
Carlos Zarattini (SP), líder do PT na Câmara
“Depois de tantas baixas, é evidente que, estatisticamente, qualquer respiro aparece como uma alta. Esse aumento não aponta perspectivas consistentes de recuperação econômica e de recuperação do emprego. O fato é que continuamos com um câmbio que prejudica a indústria e a taxa de juros real continua altíssima. Ainda não há perspectiva de um crescimento sustentado que recupere o emprego”.

Efraim Filho (PB), líder do DEM na Câmara
“Essa alta é uma sinalização de que o Brasil reencontra o rumo do desenvolvimento. O desafio agora é fazer com que essa melhora da economia gere impacto no emprego. Enfrentamos a pior recessão da nossa história, um legado do desastre do governo Dilma e a retomada é lenta. Esperamos que não haja novas recaídas e que a confiança do consumidor e dos investidores se mantenha”.

Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado
“É uma sinalização ao país de que estamos na direção correta da economia. Nós estamos saindo da maior recessão que o país já viveu para uma recuperação de curto prazo. Nós esperávamos esse crescimento só perto do final do ano. É impressionante a possibilidade do Brasil, como tem condições de dar a volta por cima se tiver a condução político-econômica correta”.

Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento
“É importante ressaltar que este resultado reflete um conjunto de ações de política econômica que tem sido implementado nos últimos doze meses e, em particular, o avanço das reformas econômicas no Congresso”, disse em nota. "Esse PIB se soma a outros números positivos que demonstram que a recuperação econômica está em curso e que terá continuidade nos próximos trimestres”, completou.

Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Para ministro, país terá condições de começar a travessia da ponte para o futuro. “Essa ponte nos levará para o futuro, que terá como característica fundamental uma ampla e generosa geração de emprego e renda, para os brasileiros e brasileiras possam construir suas vidas e terem esperança de que com o seu esforço pessoal as coisas possam melhorar para eles e para suas famílias”., afirmou.

Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil
O ministro destacou, em vídeo no Twitter, o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, ocorrido na quarta (31). A ação do governo vai injetar R$ 30 bilhões no setor, para auxiliar em investimentos em produção de pequena escala. "A agricultura familiar contribuiu bastante, sim, com todo o esforço do nosso pequeno agricultor, para que o PIB deste primeiro trimestre do ano de 2017 fosse de crescimento de 1% para todos os brasileiros, e isso é muito bom", afirmou.

José augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)
“O PIB do primeiro trimestre com o crescimento de 1% foi alvissareiro, mas infelizmente essa não é a realidade para os próximos trimestres. No que se refere ao comércio exterior, as exportações também deverão apresentar uma queda decorrente da queda das cotações das commodities, principalmente soja, minério de ferro e açúcar. O agronegócio é o grande responsável pelo bom resultado do PIB”.

Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ)
"Com inflação controlada e queda de quatro pontos percentuais da taxa básica de juros em menos de um ano, o país, agora, precisa focar na aprovação de reformas estruturais em debate, de forma a garantir a consolidação desse processo, ainda inicial, de crescimento econômico. Mesmo porque, no período analisado, uma variável fundamental para essa recuperação, o investimento, manteve-se em queda. Com o dever de casa feito, empresários terão mais confiança em investir, o mercado de trabalho voltará a contratar, o consumo das famílias avançará novamente e a economia, enfim, retomará um círculo virtuoso de crescimento, inclusive com aumento de arrecadação do governo, um dos problemas hoje no tabuleiro econômico doméstico".

José Romeu Ferraz Neto, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)
O PIB da indústria da construção, embora tenha apresentado um crescimento 0,5% no primeiro trimestre de 2017 em relação ao trimestre anterior, foi o setor que apresentou a maior queda, na comparação com o primeiro trimestre de 2016: -6,3%. Sem novos investimentos nos segmentos imobiliário e de infraestrutura, praticamente estamos terminando as obras em andamento sem dar início a novas”.

Alex Agostini, economista-chefe da agência de risco Austin Rating
"O cenário político ainda muito turbulento interfere diretamente nas previsões para o desempenho do PIB de 2017 e 2018 em virtude do risco da não aprovação da reforma da Previdência, que é fator fundamental para desatar o nó das expectativas dos agentes econômicos que, por sua vez, impacta diretamente na alocação de recursos para investimentos em máquinas e equipamentos e em mão de obra".

Fonte: G1 

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