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Em cinco meses, 14 crianças com cardiopatia congênita morreram no PI

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Nascer com cardiopatia congênita no Piauí é praticamente uma 'sentença' de morte. A anormalidade na estrutura ou função do coração surge nas primeiras oito semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Dados divulgados pelo Conselho Tutelar de Teresina revelam que somente de janeiro a maio deste ano, 14 bebês que nasceram com a doença no Estado morreram devido à espera para a realização da cirurgia que é feita fora do Piauí.

"A gente até batizou essa fila como 'fila da morte', porque as crianças que nascem com cardiopatia congênita no Piauí, infelizmente ficam aguardando nessa fila e aí chegam a falecer pois não foram submetidas a cirurgia ou foram tardiamente, quando já era inoperável. Quem perde são as crianças que morreram e os pais que ficam chorando a dor da perda", lamenta Djan Moreira, conselheiro tutelar. 

O levantamento apontou ainda que 17 bebês continuam na fila aguardando a intervenção cirúrgica.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde esclarece que pacientes que precisam de atendimentos de alta complexidade fora do Piauí são regulados pelo Sistema Nacional de Regulação do Ministério da Saúde, mas que a gestão tem se empenhado em pedir agilidade.

Nesta terça-feira (06), o problema foi discutido em audiência com representantes ligados a defesa, promoção e garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes e o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto. Também durante o dia de hoje foi encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Piauí, o projeto de lei do deputado Rubens Martins (PSB) que cria a rede Estadual de Cardiopatia Congênita.

 

Graciane Sousa
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