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Procurador no TSE pede cassação de 'chapa como um todo'

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O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolau Dino, defendeu nesta terça-feira (6), no julgamento da chapa Dilma-Temer, que havia uma "lamentável relação de simbiose" e "uso indevido da força financeira" entre a Odebrecht e a campanha Dilma-Temer. Em sua opinião, a "chapa como um todo" deve ser cassada.

Dino usou as falas e provas apresentadas pelos delatores da empreiteira, além dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, para elaborar os principais argumentos de sua manifestação.

Ainda disse que houve fraude e abuso de poder econômico na transferência de dinheiro para gráficas citadas na prestação de contas na campanha.
Nicolau Dino afirmou ainda que houve um gasto de campanha não realizado de forma transparente, burlando a Justiça Eleitoral. Há elementos robustos que evidenciam a prática de abuso de poder econômico. O que justifica a cassação da chapa "como um todo".

O vice-procurador afirma que as empresas não tinham estrutura, pertenciam a "laranjas" e não provaram que o dinheiro pago foi aplicado em serviços. Nicolau Dino citou os pagamentos aos serviços de marketing político.

A coligação disse que os serviços do casal João e Mônica custaram R$ 70 milhões. O casal afirmou que eram R$ 105 milhões. A diferença seria paga por caixa 2 da Odebrecht. Foram pagos R$ 10 milhões, e ficaram faltando R$ 25 milhões, não pagos à época, por conta das investigações da Lava Jato.

Essa cifra foi "internalizada" na campanha. Houve um proveito de R$ 105 milhões na campanha, em vez dos R$ 70 milhões declarados, evidenciando abuso econômico.

Dino cita a doação feita pela cervejaria Petrópolis, uma "terceirização" do caixa 2 da Odebrecht, ou um "caixa 3 ou barriga de aluguel", com a clara intenção de burlar a legislação eleitoral.

Dino afirma também que, a partir da análise de provas orais e documentais, compartilhados da Lava Jato e do Supremo, evidenciam que a Odebrecht destinava recursos de caixa 2 a partir do chamado Departamento de Operações Estruturadas. Foram cerca de R$ 150 milhões para a campanha dos representados, na conta "pós-Itália". Valor acertado entre Marcelo Odebrecht e o ex-ministro Guido Mantega. Provas mostram que os dois tinham um relacionamento "estreito".

Confira a íntegra do 1º dia de julgamento da Chapa DIlma-Temer no TSE

Fonte: Folha e G1

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