Seriam os piauienses da Serra da Capivara os homens mais antigos das Américas? Esse questionamento dá nome à exposição sobre a Serra da Capivara na Alemanha, que no mês de julho terá mostra paralela em Teresina. O evento que vai iniciar no dia 2 de julho, no Teresina Shopping, conta, além da exposição fotográfica e audiovisual, com ciclos de diálogo científico sobre a origem do homem no continente americano.

O fotógrafo André Pessoa, reconhecido mundialmente pelos registros do Parque Nacional da Serra da Capivara e um dos articuladores do evento, adianta sobre a programação da mostra. “A exposição também vai suscitar um debate científico. No dia da abertura do evento haverá uma mesa redonda com arqueólogos e pesquisadores para debater se realmente a Serra da Capivara tem os esqueletos, tem os fósseis humanos mais antigos das Américas. Além de ser um evento cultural, social, ele também vai ter esse viés educacional e científico”, explica Pessoa.

Grandes nomes nacionais e internacionais da arqueologia estão confirmados no evento, como o da pesquisadora franco-brasileira Niède Guidon, principal arqueóloga de São Raimundo Nonato. Também estão confirmadas as presenças do professor francês Eric Boëda, que também pesquisa no território piauiense, e de Gisele Dautrini Felici, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Mais dois outros nomes, antagônicos às pesquisas da Serra da Capivara, também serão confirmados, com o objetivo de criar uma mesa de discussão democrática.

À exposição fotográfica do parque piauiense se soma à exibição do documentário audiovisual “Terra X”, produção da ZDF, maior TV pública da Alemanha com abrangência em toda a Europa. A equipe europeia visitou o Piauí no ano passado, quando gravou uma edição especial do programa sobre a Serra da Capivara.

Para o coordenador de Comunicação do Estado, João Rodrigues, a ação reforça a importância da valorização e da preservação do território piauiense enquanto riqueza mundial. “Estamos trazendo para o nosso estado para que o povo conheça e, com certeza, dê o valor devido ao nosso patrimônio, que não é um patrimônio do Piauí, é um patrimônio do planeta Terra. Essa exposição é justamente para trazer para a nossa população e mostrar o que significa a Serra da Capivara para o estudo das nossas origens”, destacou Rodrigues.

Ainda de acordo com o coordenador de Comunicação, a ideia é de que, depois de Teresina, a exposição seja instalada no Rio de Janeiro e também tenha o um momento em São Paulo, ainda sem datas oficializadas.

Exposição na Alemanha

A exposição que foi aberta em maio, na Embaixada do Brasil em Berlim, fica até o dia 31 de junho na capital da Alemanha. Em seguida, ela vai para o escritório da DFG na mesma cidade onde fica aberta ao público de 11 de julho à 15 de janeiro de 2018. Depois a mostra segue para a sede da DFG na cidade de Bonn, onde fica de 25 de janeiro à 8 de abril.

 

Da redação
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