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Copa das Confederações tem pior edição com o esvaziamento de seleções de ponta

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Em 2013, você provavelmente viu, sentado na arquibancada do Mané Garrincha, do Maracanã, do Mineirão ou das arenas Pernambuco, Castelão e Fonte Nova, a melhor Copa das Confederações da história. Bateu a melancolia? 

Relaxa. Quatro anos depois, prepare os aperitivos e a bebida para assistir, do conforto de casa, à pior edição do chamado evento teste para o Mundial.

O motivo é simples: apenas uma das oito seleções campeãs do mundo está o torneio — a Alemanha. E o técnico Joachim Löw decidiu levar à Rússia o elenco reserva. Dos 23 heróis do tetra, apenas três foram convocados: Matthias Ginter, Julian Draxler e Shkodran Mustafi.

Nunca antes na história da Copa das Confederações, houve apenas um campeão mundial no torneio. As sete edições anteriores contaram, no mínimo, com duas. Há quatro anos, a Copa das Confederações do Brasil teve recorde de seleções campeãs: o penta Brasil, a tetra Itália, o bi Uruguai e a Espanha. Doze títulos mundiais.

A falta de camisas pesadas do futebol mundial tem seu preço. A Copa das Confederações começa amanhã com 70% dos ingressos vendidos. A maioria para ver a anfitriã, Rússia, e o jogador eleito quatro vezes melhor do mundo. 

Apesar da ressaca dos títulos do Campeonato Espanhol e da Champions League,  o fominha Cristiano Ronaldo não abriu mão de defender Portugal. Os lusitanos disputam o torneio como campeões da Euro-2016.

Para você ter uma ideia de quanto os campeões mundiais pesam na hora da compra dos tíquetes, a Copa das Confederações de 2013 teve a segunda melhor média de público da história do torneio: 50.291 pagantes por partida. O recorde da edição de 1999, no México (60.625).

As demais seleções classificadas não são iscas para compra de ingresso. Com vaga praticamente cativa na Copa das Confederações, o México participa do torneio pela sétima vez.

Está classificado por ter sido campeão da Copa Ouro da Concacaf. Busca o segundo título do torneio. Faturou a taça em 1999, dentro de casa, diante do Brasil. Vice em 2001 e 2003, o campeão africano Camarões entra na festa pela terceira vez. A primeira sem Samuel Eto’o.

A Copa das Confederações também tem seus marinheiros de primeira viagem. Portugal, Rússia e Chile. Bicacampeã da Copa América em 2015 e 2016 (edição centenária), a seleção de Alexis Sánchez representa a América do Sul. Até então, só Argentina, Brasil e Uruguai haviam participado da competição.

Não faltam os bambalas e arimateias de sempre. No Brasil, o saco de pancadas foi o Taiti. Na Rússia, Austrália e Nova Zelândia disputarão o papel de Taiti. Graças à ilha paradisíaca, a Copa das Confederações do Brasil teve a melhor média de gols da história — 4,25 por partida.

Embora sejam vizinhas na Oceania, Austrália e Nova Zelândia disputam competições distintas no mapa geopolítico da Fifa. A senha de acesso dos Cangurus ao torneio é o título da Copa da Ásia.

A Nova Zelândia participa como vencedora da Copa da Oceania. Há 20 anos, a Austrália foi vice-campeã. Apanhou por 6 x 0 do Brasil, em 1997. Na última terça-feira, foi goleada pelo time de Tite por 4 x 0, em Melbourne.

Ausência

Recordista de títulos da Copa das Confederações, o Brasil não participa do torneio pela primeira vez. Castigo por não ter conquistado o Mundial de 2014 e muito menos a Copa América de 2015, sob o comando de Dunga. No fim das contas, comemore. Jamais o campeão do torneio conquistou a Copa do Mundo.

A edição histórica do ponto de vista tecnológico, com uso de árbitro de vídeo, não terá nenhum árbitro ou auxiliar brasileiro. Foram relacionados homens do apito da Arábia Saudita, do Irã, de Gâmbia, Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Sérvia, Itália e Eslovênia. Do Brasil, ninguém.


Fonte: Superesportes

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