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Gal fala sobre uso de drogas, ser mãe e relação com Maria Bethânia

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Gal Costa tem se emocionado muito ao rever sua trajetória e deparar com depoimentos dos amigos, como Maria Bethânia, Caetano Veloso e Gilberto Gil, no documentário O nome dela é Gal, no ar na HBO até o dia 2. Com Gil, a cantora, de 71 anos, vai entrar em turnê ao lado de Nando Reis no segundo semestre. “Tenho falado mais com Gil por causa do show. Mas não é sempre. Falar todo dia é chato, a não ser que você esteja casado. Não sou saudosista, mas vi tanta coisa bonita que nem lembrava mais”, conta ela, que se apresenta no Circo Voador neste sábado (17), no Rio, com o show Estratosférica.

Que lembranças guarda da carreira?
Tenho orgulho de mim, sempre fui corajosa. Quando alguém me chama para algo ousado, fico feliz. Na época do (programa de TV) Divino maravilhoso, queria fazer algo diferente, cantar de forma explosiva. O impacto começou em mim, com aquele cabelo e a roupa. Foi muito forte, metade da plateia vaiava, a outra aplaudia. Tive de me posicionar, foi um ato político.

Você encarou a ditadura. Como vê o Brasil hoje?
 A ditadura matou muita gente, foi horrível, sem comparação. Essa gente não pode voltar. Acho que o Brasil precisa ser passado a limpo. Todo esse dinheiro roubado do povo brasileiro! A profissão de político deveria ser honrosa, altruísta, para cuidar dos pobres, arrumar a vida das pessoas, mas este país está muito louco, e o mundo também. Mesmo quem é ateu precisa rezar para ver se a gente se salva.

Na época do desbunde, teve experiências psicodélicas?
Experimentei ácido uma vez, foi ótimo. Já fui de fumar cigarro careta, mas parei. Experimentei maconha e detestei. Parecia que estava longe das pessoas. Experimentei cocaína, mas nunca me viciei em nada. Antigamente, saía depois dos shows, chegava ao hotel às 4 da manhã. Agora durmo mais cedo e acordo mais cedo por causa do meu filho, Gabriel.

Como é a maternidade?
As pessoas não imaginam, mas sou muito maternal. Sempre quis ser mãe, mas minhas trompas são entupidas e tive menopausa precoce. Gabriel tem 12 anos e o amo mais do que se tivesse parido. Ele é muito musical, dei violão e guitarra para ele, mas não forço a barra. Não planejo, as coisas acontecem. Parece que sou teleguiada.

Você e Bethânia não se falavam havia anos e ela deu um belo depoimento ao documentário. Por que o afastamento?
A gente sempre se falou, mas, durante um tempo, eu não falava com ela e ela não me procurava. Liguei quando Dona Canô estava hospitalizada. Nos momentos mais difíceis, estou presente. É a vida. Bethânia mora no Rio de Janeiro, eu em São Paulo. Desde o começo se fala em rivalidade, mas acho isso bobagem. Há amigos que são sagrados. Com Caetano também não falo sempre, como no passado, quando alugávamos casas juntos e éramos como uma família.

Fonte: Época 

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