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Sobrevivente de incêndio relata fuga: 'Por segundos'

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Um incêndio que começou na tarde de sábado já é considerado uma das piores tragédias da história recente de Portugal. Até o momento, 62 mortes foram confirmadas, mas o número continua crescendo. Fátima, que completa 45 anos nesta segunda-feira, poderia ser uma das vítimas das chamas, mas conseguiu escapar por uma “questão de segundos”.

Em entrevista ao jornal local “Expresso”, contou que estava molhando o quinta e a casa, para evitar que fagulhas alcançassem sua residência, mas teve que deixar tudo para trás e correr para salvar a própria vida.

— Foi uma questão de segundos e de repente havia fogo por todo o lado. Saímos de casa e fomos para a rua principal — contou Fátima, numa ponte numa rodovia em Avelar, a cerca de 20 quilômetros de Pedrógão Grande, onde vivia. — O meu sogro tem 92 anos e não quis sair de casa. Tivemos de vir embora, não podíamos ficar. Só consegui falar com meu marido agora. Ele está bem.

Fátima conseguiu fugir das chamas com as duas filhas e um primo, Horácio, além de um casal de estrangeiros com o neto e um bebê. O grupo chegou à Avelar por volta das 20h de sábado, pelo horário local, após a aventura que contou com jornadas num jipe, numa ambulância e com o desespero por ter perdido um helicóptero que os tirariam da floresta em chamas.

— Onde eu moro, nos Troviscais, há muitas casas isoladas, muitos estrangeiros vivendo longe das aldeias — disse Fátima. — Espero que não, mas acho que ainda vão encontrar mais pessoas mortas.

Avelar, na divisa entre os distritos de Leiria e Coimbra, se transformou num centro de acolhimento para os desabrigados. O Atlético Clube Avelarense se encheu de colchões, garrafas de água, sucos e frutas.

— Havia muita gente aqui e tivemos de fazer alguma coisa — contou Fernando Inácio Medeiros, presidente do clube. — É uma tragédia.

 

Fonte: O Globo 

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