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Morto em briga de gangue em Teresina já foi preso 10 vezes

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Um dos três mortos durante uma emboscada feita nessa segunda-feira (19), no Povoado Soinho, zona Rural de Teresina, tinha dez passagens policiais. De acordo com o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Baretta, a vítima identificada como Hugo Barroso Brito, tinha dez inquéritos referentes a roubos, furtos e homicídios. Inclusive, ele é apontado como autor da morte de uma suspeita de tráfico de drogas conhecida na região da Piçarreira, de nome Erineuda. 

As outras duas vítimas da emboscada foram identificadas como Antoniel Anderson da Silva Vieira e Nataniel da Silva Vieira. Os dois eram irmãos e, de acordo com o delegado Baretta, praticavam roubo e tráfico de drogas. 

"Essas mortes foram motivadas por uma disputa de quem manda mais no tráfico da região. As vítimas são indivíduos do submundo do crime", informou o delegado. 

O delegado revelou, ainda, que uma pessoa que escapou da emboscada relatou à polícia, que os três estavam indo para um ritual de macumba quando sofreram os tiros. No local foram encontrados 15 estojos de munição 380 e de pistola .40. 

A Delegacia de Homicídios já identificou duas pessoas que teriam participado diretamente do crime e está com equipes em diligências para prendê-las.

Crimes recorrentes

Em entrevista ao Acorda Piauí na Rádio Cidade Verde, o delegado geral Riedel Batista, disse que o trabalho das polícias é triplicado porque os suspeitos de crimes geralmente são os mesmos.

“É a mesma pessoa que você prende em um ano em três vezes e se esticar esse prazo, das quatro mil prisões feitas de um ano para o outro pela Central de Flagrantes, pelo menos 50% são as mesmas pessoas. A força policial que nós temos é suficiente, mas ela fica sobrecarregada devido a repetição”, destaca o delegado. 

Riedel destaca ainda que não basta só prender, tem que ter o julgamento e a certeza da condenação porque a “impunidade é a gasolina na questão do motor dessas pessoas que vivem praticando crimes reintegrados. A certeza da impunidade, de que vai ficar preso e daqui há seis meses ele estará solto e depois é preso e é solto e coloca um rosário de acusações, com dez, 15 antecedentes mas quando se é julgado, é julgado por apenas um crime e os outros são esquecidos e vai se passando o tempo e a polícia vai prendendo de novo e fica esse sistema que é injusto para a atividade policial”.

 


Flash de Izabella Pimentel (especial para Cidadeverde.com)
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