Em entrevista no Jornal do Piauí, o promotor de Justiça Ubiraci Rocha, que acompanha o processo do acidente que resultou na morte de dois integrantes do coletivo cultural Salve Rainha, afirmou que o julgamento do motorista que provocou a colisão dos veículos pode ir a júri popular ainda em 2017. O acidente completou um ano nesta segunda-feira (26).
Francisco das Chagas de Araújo Costa Júnior, Bruno Queiroz de Araújo Costa e Jader Cleiton Damasceno de Oliveira deixavam o Parque da Cidadania, Centro de Teresina (PI), na noite de 26 de junho de 2016 quando tiveram seu carro atingido, na avenida Miguel Rosa, pelo veículo conduzido por Moaci Moura da Silva Júnior. Bruno morreu no local e Júnior faleceu dias depois. Jader sobreviveu com sequelas.
Em fevereiro, a juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, decidiu pronunciar Moaci Júnior para que o mesmo seja submetido a júri popular. A defesa recorreu e aguarda decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí.
Ubiraci Rocha acompanha o caso e acredita que, caso o resultado do recurso indefira o pedido da defesa, a juíza da 2ª Vara do Tribunal do Júri poderá marcar o julgamento ainda para o segundo semestre deste ano. Os advogados de Moaci Júnior, no entanto, ainda poderão recorrer a instâncias superiores.
"Esse caso especifícamente eu posso lhe garantir que dentro do quadro da Justiça piauiense é um dos processos que tem andado mais rapidamente", disse o promotor, ainda que exista reclamação pela demora da tramitação de ações no Poder Judiciário.
O Ministério Público defende que o motorista assumiu o risco de matar ao dirigir acima da velocidade permitira na via. Para Ubiraci Rocha, as alegações apresentadas são consistentes. "Não tenho dúvida que a 1ª Câmara Criminal haverá de confirmar a decisão (de levar Moaci ao Tribunal do Júri)", acrescentou o promotor. "Certamente, no segundo semestre poderemos ter agendado o julgamento deste caso".
Foto: Wilson Filho/Cidade Verde
Fábio Lima
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