Cidadeverde.com

União da base até 2018 vai depender da aprovação do governador, diz líder

Imprimir

Foto: Wilson Filho

A união da base aliada até as eleições 2018 vai depender da avaliação popular do governador Wellington Dias. A análise é do líder do governo na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado estadual João de Deus (PT). Segundo ele, as constantes arestas com o PMDB são pontuais e não representa uma ameaça ao conjunto de partidos.

“A base na Assembleia está sendo muito sólida, nós não temos tido problema. A gente tem conseguido ter o apoio unânime na base. Do ponto de vista eleitoral vai depender se governador estiver bem na avaliação popular como está hoje. Não tenho dúvida que todos que estão lá vão permanecer e talvez mais gente queira vir”, afirmou o deputado durante entrevista ao Jornal do Piauí.

Já prevendo que a base deve aumentar e não se dividir, o líder alerta que não haverá espaço para tantas forças políticas. “O problema é ter espaço pra tanta gente. É complicado. É bom que a gente tenha oposição. Eu sou uma das pessoas que sempre preza pela oposição. A nossa relação com a base do governo, com os partidos, tem uma questão pontual como a do PMDB, mas não se trata de um problema da relação do todo”, declarou.

O problema com o PMDB a que o petista se refere é a insatisfação do deputado Pablo Santos com a Fundação Hospitalar. O parlamentar reivindica mais autonomia para gerenciar hospitais, inclusive o de sua terra, Picos.

“Isso é um problema não tão difícil de ser resolvido, temos problemas mais difíceis de ser resolvidos. Hoje nós tivemos uma conversa com o governador e o deputado Themístocles e ali o governador colocava da tentativa de entendimento da parte dele sem nenhuma dificuldade”, conta João de Deus.

De acordo com o deputado, o presidente da Alepi, Themístocles Filho, deve conversar com Pablo ainda hoje para, nesta quarta-feira, resolver os impasses com o governador. “O problema estava na direção do hospital de Picos”, ressalta.

Outro problema que poderia ameaçar a base é a relação PT e PP no Estado. As bases das duas legendas vivem se estranhando ainda por conta da posição adotada pelo senador Ciro Nogueira quando do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“Na direção partidária isso (arestas) não existe. Na base do partido isso acontece e as pessoas são livres. Da relação do senador com o governador e com o presidente do partido, Assis Carvalho, nós não temos problema. Temos muito tempo pela frente e essa relação vai ter que ser melhor discutida do ponto de vista eleitoral”, afirmou, deixando claro que ainda é cedo para falar de chapa majoritária.

“A estratégia é que o partido não pode se isolar. Seria um erro político. Está muito cedo para fechar uma chapa. Quais são as cartas na mesa? As forças e o tamanho dessas forças? A contribuição para eleição do governador e um novo governo? Só a partir daí veremos as concessões que podem ser feitas em ambos os lados”, finalizou.

Hérlon Moraes
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais