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Coreia do Norte pede execução de ex-presidente

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Foto: Kim Hong-Ji/AFP

A Coreia do Norte disse nesta quarta-feira ter emitido uma ordem permanente para a execução da ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye e de seu chefe de espionagem, sob a acusação de tentativa de assassinato do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

O regime de Pyongyang irá “impor a pena de morte” a Park, que sofreu impeachment no ano passado, e a Lee Byoung Ho, ex-diretor do serviço de inteligência sul-coreano, em retaliação a um complô que teria sido orquestrado pela ex-presidente para eliminar Kim-Jong-un, afirmaram procuradores e o ministro de Segurança norte-coreanos em um comunicado. O isolado regime também exigiu que a Coreia do Sul entregue os dois acusados, informou a agência oficial de notícias da Coreia do Norte, KCNA.

“Declaramos, em casa e no exterior, que vamos impor pena de morte à traidora Park Geun Hye. (…) A partir deste momento, eles terão de enfrentar uma morte miserável como cães a qualquer hora, em qualquer lugar e de qualquer forma”, ameaça o comunicado.

Em maio, o ministério da Segurança norte-coreano anunciou ter descoberto um complô fomentado, segundo ele, pelos serviços secretos americano e sul-coreano para assassinar Kim Kong-Un com a utilização de uma arma bioquímica.

Impeachment

Park foi deposta em dezembro de 2017 pela Assembleia Nacional do seu país e teve sua imunidade retirada em março. Ela está detida enquanto aguarda o julgamento por 18 acusações, incluindo suborno, coerção e abuso de poder, e pode enfrentar uma pena de prisão perpétua.

Em fevereiro de 2017, o meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-nam, foi assassinado no aeroporto de Kuala Lumpur por duas mulheres que jogaram em seu rosto um agente neurotóxico VX, uma versão altamente mortal do gás sarin.

Seul acusou Pyongyang de orquestrar o assassinato, deteriorando ainda mais as relações diplomáticas entre as duas Coreias, abaladas desde o início do governo conservador de Park, que adotou uma linha mais dura em relação ao vizinho do norte.

A divulgação da ordem de execução aconteceu horas depois de o atual presidente sul-coreano, Moon Jae-in, partir para os Estados Unidos para encontro com o presidente Donald Trump. A reunião entre os dois líderes deve ser dominada pela discussão sobre o regime norte-coreano.

Fonte: Veja

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