Um dos quatro soldados vítimas do acidente com o comboio do Exército em Barras vai precisar corrigir um deslocamento na mandíbula por conta de uma fratura complexa do lado esquerdo. Quatro pacientes continuam internados em estado grave e seguem estabilizados pelas equipes médicas, que não descartam o risco de morte.

"Há risco de morte sim. Estamos falando em traumatismo encefálico além de que estão todos politraumatizados. Todos tiveram algum grau. A musculatura também foi comprometida e estamos acompanhando a progressão respiratória dos pacientes intubados. Um dos soldados teve essa fratura de mandíbula complexa e estamos trabalhando com uma equipe muito competente. A previsão é de correção desse deslocamento assim que o quadro neurológico e hemodinâmico clínico estiver estabilizado ", explicou o médico.

Na manhã desta segunda-feira (10) foi liberado um boletim médico que revela a situação dos pacientes que ainda não têm previsão de alta. Eles estão sob acompanhamento multidisciplinar e são avaliados por equipe clínica e cirúrgica.

- Geovane Oliveira do Nascimento, 18 anos, encontra-se em estado grave, sob sedação contínua, intubado e em ventilação mecânica. Exames de imagem mostram contusão pulmonar grave. Segue em cuidados intensivos;

- Cássio Ângelo Amador da Silva, 18 anos, também encontra-se grave, sob sedação contínua, intubado e em ventilação mecânica. Exames mostram edema cerebral importante e lesão axional difusa (lesão neurológica grave após trauma);

- Douglas Freire dos Santos, 20 anos, também encontra-se grave, sedado, intubado e em ventilação mecânica. Exames mostram fratura de mandíbula esquerda e sinais de lesão axonal difusa na tomografia de crânio. Em seguimento neurológico.

- Mateus Diego da Costa, 18 anos, encontra-se estável, consciente, em ar ambiente, hemodinamicamente estável. Evoluindo até o momento sem intercorrências, mas ainda sob vigilância neurológica. 

Reforço

O comandante do 2º Batalhão de Engenharia de Construção em Teresina, coronel Alessandro da Silva participou de entrevista no Jornal do Piauí desta segunda. Ele falou sobre o inquérito que foi aberto para investigar as causas do acidente e anunciou a chegada de reforço com uma equipe multidisciplinar com especialistas militares vinda de Fortaleza para ajudar no apoio as vítimas e familiares.

"O comando da 10ª região em Fortaleza está deslocando uma equipe multidisciplinar com psicólogos, médicos e também da comunicação social para dar um melhor apoio aos feridos e seus familiares, afinal de contas são 26 famílias, muita gente envolvida", explicou o comandante.

Coronel Alessandro também garantiu que a família do militar  Pedro Henrique Pimentel, que morreu no acidente, está recebendo apoio e acompanhamento dos oficiais.

"Nós estamos acompanhando desde a retirada do corpo do local do acidente. Acompanhamos esse transporte, acompanhamos a família e estamos organizando tudo atendendo as necessidades e demandas. O velório também está sob os custos do exército e a guarda fúnebre estará presente", garantiu.

Rayldo Pereira
[email protected]