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Regina Sousa integra protesto às escuras no Senado e reage acusação de quebra de decoro

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Reprodução/Facebook

Durante protesto na mesa do Senado Federal, nesta terça-feira (11), a senadora Regina Sousa (PT-PI) reagiu ao ato do senador José Medeiros (PSD-MT). Ele recolhe assinaturas para ingressar com representação por quebra de decoro contra a petista e outras parlamentares, que desde o final da manhã ocupam a mesa da Casa e impedem o início da votação da Reforma Trabalhista.

"Não sei se é pra rir ou pra chorar", disse Regina Sousa. "O senador teve a coragem de nos representar na comissão de ética. A mesma comissão que não acatou a denúncia contra Aécio (Neves)", disse a parlamentar do Piauí, em referência ao processo contra o parlamentar do PSDB de Minas Gerais, que chegou a ser afastado do Senado após investigações no âmbito da Operação Lava Jato, mas já voltou a exercer o mandato. 

Regina Sousa ocupa a mesa ao lado de Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA) e Kátia Abreu (PMDB-TO). Ao longo do dia, outros senadores e deputados se juntaram às mulheres, que defendem a retirada da Reforma Trabalhista de um destaque que trata do trabalho de gestantes. Com isso, todo o projeto teria de voltar para a Câmara dos Deputados. 

A parlamentar piauiense teve de dividir o almoço com a senadora Gleisi Hoffmann para não deixar o local. "Se precisar virar a noite, nós vamos virar", garantiu a senadora, temerosa com as articulações para que a votação ocorresse em outro local. A matéria foi concluída sem o encerramento do protesto e tampouco a votação da reforma.

"Essa reforma inteira diz que é para modernizar, mas não moderniza nada. Ela escraviza", arrematou Regina Sousa. "Nós estamos aqui incomodando".

Os governistas defendem que Michel Temer já se comprometeu a vetar os pontos onde há discordância até entre os integrantes da base de apoio ao Palácio do Planalto, mas os oposicionistas afirmam que não há como confiar no presidente. 

"Tem oito itens que os senadores da base reconhecem como ruins, extremamente problemáticos. E eles fizeram um pedido para mudar", disse Vanessa Grazziotin. "É a nossa última cartada para convencê-los. Não somos radicais"

Lídice da Mata endossou o discurso e afirmou que os governistas tentaram votar o projeto de forma assodada. "Radicais são eles, intrânsigentes são eles que querem impor ao Brasil uma Reforma Trabalhista fora de hora, fora de lugar, em um momento de tanta fragilidade do governo".

 

Fábio Lima
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