O deputado federal Paes Landim (PSB) afirmou que não está havendo uma "debandada" no partido, como as especulações pronunciam desde o ano passado. Ele declarou que a sigla continua unida, que o único nome forte que deixou o PTB foi o do senador Elmano Férrer (PMDB) e que o número de prefeitos cresceu em 2016. 

Em entrevista ao Cidadeverde.com nesta segunda-feira (17), ele aproveitou para mandar um recado para alguns filiados que anunciaram que irão deixar o partido, mas que até agora não o fizeram, a exemplo do secretário de Segurança do Piauí, deputado federal Fábio Abreu. Paes Landim deu uma alfinetada dizendo que "seria bom se o partido fosse feito de verdadeiros petebistas".

Quando questionado se a sigla estaria trabalhando para evitar uma suposta debandada, ele lembrou que Fábio Abreu anunciou que deixaria a sigla há cerca de um ano, mas que até agora não saiu. "Nunca saiu por que? Não adianta dizer que vai noivar e não noiva, não sai", salientou o parlamentar, demonstrando não estar preocupado em manter a figura do secretário no PTB.

"O partido perdeu até agora a figura do Elmano Férrer, que realmente é uma figura fantástica, histórica, um homem de bem, e mais ninguém. Agora aumentou o número de prefeitos. Agora é bom que o partido fosse composto de verdadeiros petebistas, que era importante", destacou.

Como um fidedigno representante da base aliada do governo federal, Paes Landim afirmou que irá votar contra a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados. Para ele, a saída de Temer agora representaria ainda mais retrocessos econômicos e sociais para o Brasil.

"O ministro Fachin deixou bem claro no seu despacho, que há dois momentos do processo contra Temer, que primeiro, ele não recebeu denuncia nenhuma, ele apenas mandou para a Câmara para fazer um juízo de político da admissibilidade, depois que a Câmara fizer um juízo político, o Supremo iria fazer o juízo jurídico. Então a nossa posição nesse momento é o juízo político, e não é conveniente que nesse momento se tire o presidente da República, para tumultuar o país, para criar um problemas sérios econômicos e sociais, então é melhor esperar".   

Hoje o deputado participou do lançamento do festival Ópera Serra da Capivara, no Palácio de Karnak.

 

Lyza Freitas
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